No Brasil, prejuízo com vacinas vencidas contra Covid-19 chega a R$ 2 bilhões

Prejuízo com vacinas vencidas contra COVID-19 chega a R$ 2 bilhões, afirma TCU

O Brasil teve um prejuízo potencial de R$ 2 bilhões com vacinas contra COVID-19 vencidas, informou o Tribunal de Contas da União (TCU). O dado foi obtido pelo oitavo ciclo de acompanhamento das ações do Ministério da Saúde realizado pelo órgão de fiscalização.

No relatório do TCU, o Ministério da Saúde obteve por compra ou doação cerca de 820 milhões de imunizantes de diversos laboratórios até 31 de dezembro de 2022, totalizando R$ 37 bilhões. Entretanto, apenas 498 milhões de doses foram aplicadas em todo País.

Com isso, 50 milhões de doses de imunizantes contra COVID-19 foram perdidas por exceder o prazo de validade para aplicação. Vale ressaltar que desde abril de 2020, início da pandemia, mais de 700 mil pessoas morreram em consequência da Covid-19 no Brasil.

“A pandemia trouxe, inapelavelmente, muitos desafios, mas também ofereceu ao mundo várias lições importantes. Destaco, por exemplo, a importância da ciência. Pois a pesquisa científica foi fundamental para entender o vírus e desenvolver vacinas em tempo recorde”, declarou o ministro Vital do Rêgo, relator do processo no TCU.

Vacinação contra COVID-19 em Goiás

De acordo com os dados da Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) atualizados até esta quarta-feira, 18, 17,9 milhões de doses foram distribuídas no estado, dessas 16,2 milhões foram aplicadas, o que corresponde a 90,5% das doses disponíveis. Há ainda 695 mil vacinas da segunda dose em atraso e 2,3 milhões de doses de reforço em atraso.

As faixas etárias com mais doses aplicadas são de 18 a 29 anos, de 30 e 39 anos e 40 e 49 anos. Entre os municípios com menos de 65% de imunizados em Goiás estão Caiapônia, Padre Bernardo, Niquelândia, Gameleira de Goiás, São Domingos, Santo Antônio do Descoberto e Turvelândia.

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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