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No Brasil, um terço dos professores de educação básica sofrem de burnout

Última atualização 29/05/2023 | 10:37

Uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) revelou que aproximadamente um terço dos professores de educação básica no Brasil sofrem de burnout. O levantamento teve como base entrevistas com 397 pessoas de vários estados diferentes, incluindo colégios públicos e privados. Salários defasados, violência nas escolas e pressão por resultados estão entre os motivos para aumento de estresse no ambiente em questão.

Burnout entre professores no Brasil

De acordo com o Ministério da Saúde, Síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional é um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante, que demandam muita competitividade ou responsabilidade. A principal causa da doença é justamente o excesso de trabalho.

O estudo da Unifesp distribuiu um formulário online com três questionários. O primeiro perguntava a respeito de esgotamento pessoal, burnout relacionado ao trabalho, burnout ligado aos alunos e burnout relacionado aos colegas.

Já os outros dois questionários falavam sobre salário, responsabilidades, colegas, condições de trabalho e reconhecimento, e o outro tinha como foco os dados sociodemográficos. O resultado disso tudo foi que 32,75% dos professores de educação básica relataram sofrer com o distúrbio emocional.

Uma outra estatística interessante da pesquisa tem a ver com as diferenças entre homens e mulheres. Ainda que não tenha havido prevalência específica de burnout em algum dos sexos, houve variação na análise quanto a salário. Para os homens, quanto menor o salário, menor o estresse. Para as mulheres, é exatamente o contrário: quanto maior o salário, maior o estresse.