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No Dia do Orgulho LGBTQIA+, colaboradores da Comurg celebram diversidade e respeito

Última atualização 28/06/2023 | 11:59

Kelly Cecília de Oliveira, de 42 anos, e Suianny Sousa Alves, de 26, têm muitas coisas em comum. Ambos são colaboradores da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), mestres de Karatê e defensores de uma bandeira fundamental para qualquer sociedade: a do respeito. Por ocasião do Dia do Orgulho LGBTQIA+, celebrado nesta quarta-feira, 28, a Comurg destaca a história de vida desses dois campeões que inspiram muita gente.

Funcionária do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) da Comurg, Kelly Cecília veio de família pobre, e encontrou no esporte uma chance para transpor as dificuldades e alcançar outros horizontes. Deu certo, ela venceu. E desde 1998, tenta fazer o mesmo por outras crianças carentes em retribuição e agradecimento por meio do projeto social Team Kelly Cecília, o TKC.

“Por nosso projeto já passaram mais de dez mil crianças. Hoje, o TKC oferece aulas de karatê de graça para mais de 300 crianças. Somos dez professores voluntários atuando em 13 polos, em Goiânia, Aparecida de Goiânia e Trindade. Também sou filha de projeto social, a ele devo meus 39 anos de karatê. Sei o quanto é difícil, muitas famílias simplesmente não têm condições de pagar aulas para os filhos”, afirma Kelly.

Na Comurg, Kelly encontrou um aliado para reforçar o potencial do TKC: Suianny, mais conhecido como Juninho. Frentista na Diretoria de Logística, Juninho também é mestre de Karatê e pratica a modalidade há 20 anos. “A Kelly, para mim, é uma inspiração. Ter a oportunidade de unir forças com ela para proporcionar a outras crianças a mesma chance que a gente teve lá atrás é motivo de muito orgulho”, diz Juninho.

Além de lutarem pela inclusão no esporte, os amigos também são parceiros na luta diária contra a homofobia. Kelly é homossexual e Juninho, homem transgênero. Eles contam que, felizmente, desfrutam de respeito e acolhimento no ambiente de trabalho, mas desejam ter o mesmo tratamento em todos os lugares, já que, afirmam, “que o mundo lá fora está cheio de ódio”.

“As pessoas não precisam me aceitar, mas respeitar, elas têm. Para quem não respeita, ofende e agride, existe a força da lei. Homofobia é crime!”, destaca Kelly. “Meus colegas de trabalho me chamam pelo meu nome, que é Juninho, e isso me deixa muito feliz. Tenho amizade com todo mundo. Mas a sociedade no geral ainda é muito preconceituosa, temos muitos obstáculos para vencer. Só que eu e a Kelly somos boas de briga, não vamos desistir da felicidade”, conclui Juninho.

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