Na noite desta sexta-feira, 7, uma mulher em crise foi presa em flagrante após atear fogo na própria casa com marido e filhos no interior da residência em Ceilândia, no Distrito Federal (DF). O homem conseguiu se salvar e levar consigo as duas crianças pequenas do casal. Uma delas tem seis anos de idade e possui síndrome de Down. Vizinhos perceberam as chamas e acionaram a Polícia Militar do DF, que foi ao local.
A mulher é deficiente auditiva e estava em surto psiquiátrico. Em imagens que circulam pela internet, um policial a algema devido à resistência em se controlar e a entrar no camburão da viatura. Ela estaria sem tomar a medicação indicada pelos médicos, o que teria desencadeado a crise. Antes de incendiar a casa, a mãe das crianças teria quebrado objetos na casa e ameaçado se suicidar.
O Código Penal tipifica a geração de incêndio que coloque em risco a vida ou os bens de outra pessoa como um delito. A pena prevista é de 3 a 6 anos de reclusão e multa. A lei estabelece penas maiores para hipóteses mais graves, como no caso de atear fogo para obtenção de uma vantagem, por exemplo, incendiar o carro para pedir o seguro. Caso a prática ocorre de forma culposa, ou seja, sem intenção, as penas previstas são mais brandas, de 6 meses a 2 anos de detenção.
Um surto psicótico é a incapacidade de uma pessoa ter o contato com a realidade, sendo um sintoma de transtorno mental. De acordo com estudos realizados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), não é possível definir a duração exata de um surto psicótico. Desse modo, o episódio sempre dependerá do indivíduo, dos sintomas que se relacionam à psicose, da existência de outros transtornos ou comorbidades e do acompanhamento médico.
Assista ao vídeo do momento da prisão da mulher em surto:
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