No Macapá população enfrenta filas para pegar comida

Sem energia elétrica há mais de dois dias, moradores de Macapá, Amapá, estão enfrentando filas em busca de de água potável, alimentos, tomadas e combustível. O fornecimento de luz está suspenso em alguns bairros da capital do Amapá e com rodízio em outros. O problema acontece em outros municípios do estado. 

Na noite de terça-feira, 03, um incêndio em uma subestação interrompeu o fornecimento de energia elétrica em 13 das 16 cidades do Amapá, incluindo na capital. O acidente atingiu cerca de 89% da população do estado, aproximadamente, 800 mil pessoas.

Em entrevista à coluna de Carla Araújo no UOL na manhã de hoje, 06,, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou que está trabalhando para restabelecer ainda hoje parte da distribuição, mas não declarou uma previsão exata. 

O governador do Amapá, Waldez Góes (PDT), decretou emergência por causa do apagão e anunciou a criação de um plano de emergência. Um dos objetivos é contratar mais rapidamente serviços de distribuição de água. O documento é válido por 90 dias.

Imagem: Arquivo pessoal/Heluana Quintas

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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