No regime aberto, Suzane Von Richthofen se inscreve em concurso público

Cumprindo a pena em regime aberto há quatro meses, Suzane Von Richthofen continua tentando a ressocialização. Além de cursar biomedicina em uma universidade particular de Itapetininga (SP), Suzane se inscreveu para uma vaga de telefonista em um concurso público da Câmara Municipal de Avaré, também no interior paulista, com salário previsto de R$ 5.626,33.

No total, o concurso teve 837 inscritos para a vaga de telefonista, sendo a mais concorrida. O cargo exige nível fundamental completo e possui carga horária de 30 horas semanais. Dentre os benefícios estão o salário mais vale alimentação, plano de saúde e odontológico. A prova está prevista para acontecer nos dias 4 e 11 de junho.

Apesar de ainda estar cumprindo pena, Suzane não está infringindo nenhuma regra. O regime aberto permite que o condenado cumpra a pena fora da prisão e que ele trabalhe durante o dia. À noite, deve retornar para uma casa de hospedagem prisional coletiva, designada pela Justiça.

O edital do concurso é claro quanto os requisitos para admissão, em que consta que os inscritos devem apresentar certidão negativa criminal, isto é, não ter pendencia com a Justiça. Entretanto, a condenada deverá ter aval Judiciário para fazer a prova em Avaré e, caso seja aprovada, precisará ainda de autorização para exercer o cargo.

Relembre o caso von Richthofen

Originalmente, Suzane foi condenada a 39 anos de prisão em regime fechado, acusada de assassinar os pais Marísia e Manfred von Richthofen. Por bom comportamento, o regime de cumprimento de pena mudou em 2015 para o semiaberto.

Daniel Cravinhos, à época do crime namorado de Suzane, foi condenado a 39 anos e 6 meses em regime fechado, mas recebeu autorização para cumprir a pena em regime aberto. Já Cristian Cravinhos, irmão de Daniel, recebeu pena de 38 anos e 6 meses, mas conseguiu liberação para o aberto. Entretanto, foi preso novamente em 2017 por tentativa de suborno, perdendo assim, o direito de cumprir a pena fora da prisão.

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Homem sob efeito de drogas mata jovem por engano em ataque de ciúmes na Bahia

O estudante de educação física Kauan Gomes, de 20 anos, morreu na última terça-feira, 17, após passar quatro dias internado em Feira de Santana, na Bahia. Ele foi atingido por um disparo na cabeça na sexta-feira, 13, enquanto estava em um carro com a mãe e uma amiga, a caminho da academia.

De acordo com a Polícia Civil, o tiro foi disparado por engano por um homem que estava em um veículo preto. O suspeito, sob efeito de álcool e drogas, perseguia um carro branco acreditando que sua companheira, com quem havia discutido, estivesse no veículo.

Segundo o delegado Gustavo Coutinho, da Delegacia de Homicídios, o crime foi motivado por ciúmes. Na noite anterior, o casal havia passado horas em um bar na Avenida Francisco Fraga Maia, em Feira de Santana. Na manhã seguinte, após uma discussão, a mulher deixou o local pegando carona em um carro branco. Convencido de que ela estava fugindo com outro homem, o suspeito iniciou a perseguição armado com um revólver.

Durante a ação, o homem disparou para o alto e, em seguida, contra o carro em que Kauan estava, atingindo-o fatalmente. Após cometer o crime, o suspeito e um cúmplice fugiram para a cidade de Pé de Serra e, mais tarde, retornaram a Feira de Santana. No retorno, ameaçaram e agrediram a mulher para que ela não denunciasse o ocorrido.

O motorista do carro preto já foi interrogado, mas o autor do disparo segue foragido. Segundo a delegada Lorena Almeida, titular da 2ª Delegacia Territorial, o homem tem um histórico de crimes, incluindo tráfico de drogas, roubo e violência doméstica. A polícia solicitou a prisão preventiva dos envolvidos e apreendeu o veículo utilizado no crime, assim como o revólver, que passará por perícia.

Equipes policiais seguem investigando o caso, analisando imagens de câmeras de segurança e colhendo depoimentos de testemunhas.

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