No Serra lotado, Vila Nova perde para o Fluminense e está fora da Copa do Brasil

Vila Nova x Fluminense Copa do Brasil 2022

O Vila Nova ficou pelo caminho na Copa do Brasil de 2022. O Serra Dourada contou com um ótimo público na noite desta quarta-feira (11), com 29.138 pagantes. A partida marcou a reestreia do estádio, que não recebia uma partida de futebol desde 8 de dezembro de 2019. Dentro de campo, porém, o Fluminense venceu por 2×0, sendo que já tinha vencido a ida por 3×2. Portanto, o Tigre sofreu a eliminação em Goiânia e o Tricolor avançou às oitavas de final.

O primeiro tempo no Serra

Logo na primeira volta do relógio, Luiz Henrique deu um passe açucarado para o artilheiro Cano, que partiu entre os zagueiros. De frente para o goleiro, ele chutou cruzado e a bola saiu pela linha de fundo. Grande oportunidade perdida pelo Flu. Aos três, o Vila tentou responder, mas Rubens não alcançou o lançamento.

Na marca dos cinco minutos, o Tigre quase abriu o placar. Matheuzinho dividiu com David Braz e ganhou. O meia colorado dominou, bateu para o gol e a bola saiu “tirando tinta” da trave direita. Com isso, a torcida vilanovense começou a cantar ainda mais alto no Serra Dourada.

Aos nove minutos, a estrela do artilheiro brilhou. Após cobrança de escanteio, Nino saiu de trás e desviou de cabeça. Cano, também de cabeça, completou para a meta e o goleiro Georgemy não alcançou. 1×0 para o Fluminense, o 13º gol do jogador argentino na temporada.

A partir dali, os cariocas recuaram um pouco a marcação, e o Vila Nova tentou construir volume. A defesa do Tricolor, no entanto, estava bem postada e os donos da casa tinham dificuldades em chegar ao ataque.

A pressão foi aumentando. Aos poucos, as chegadas do Tigre foram oferecendo mais perigo. Aos 34 minutos, Arthur Rezende cobrou falta e Ralf cabeceou para fora, assustando o Fluminense. Porém, a rede não voltou a balançar antes do intervalo.

Vila Nova fica pelo caminho

O Vila Nova precisava marcar pelo menos mais duas vezes para forçar os pênaltis no Serra Dourada. Nos minutos iniciais do segundo tempo, os goianos persistiram na pressão em finalizações de Arthur Rezende e Matheuzinho. Depois disso, contudo, o Fluminense retomou as rédeas do confronto.

Aos 21 minutos, após boa jogada de Nathan e cruzamento de Pineida, Luiz Henrique mergulhou e marcou de peixinho o segundo gol do Flu. Com isso, o duelo praticamente morreu. O Vila Nova precisava fazer três gols para pelo menos ter a chance nos pênaltis, mas isso não passou perto de acontecer.

Agora, o Tigre aposta todas as suas fichas no Brasileirão Série B. A equipe volta a campo no próximo sábado (14), às 18h30, para enfrentar o Sampaio Corrêa no Castelão de São Luís. O Fluminense, por sua vez, faturou uma bagatela de R$3 milhões com a classificação na Copa do Brasil.

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Ano agitado no Flamengo: Filipe Luís assume, Gabigol sai e nova diretoria toma posse

Retrospectiva 2024: título com Filipe Luís, fim da era Gabigol e troca de diretoria marcam ano do Flamengo

Tite conquista o Carioca para espantar sombras de 2023, mas vive oscilação e não escapa da demissão em uma temporada em que o clube sofreu com lesões e clima quente nos bastidores políticos.

Depois de um 2023 amargo e sem títulos, o Flamengo precisava se reerguer neste ano. E foi uma temporada intensa. 2024 reservou dois títulos ao clube, mas também confusão dentro e fora de campo e algumas despedidas.

O clube apostou em Tite, voltou a levantar troféus e ergueu o Carioca de forma invicta. No entanto, com o técnico, o ano também se desenhou conturbado com inúmeras lesões, eliminação precoce na Libertadores, futebol raramente vistoso, além da relação agitada com Gabigol. Tudo isso resultou na demissão do treinador no fim de setembro.

A reta final da temporada trouxe um certo alento com a chegada de Filipe Luís, que conquistou a Copa do Brasil para salvar o ano com um título de expressão. A taça, no entanto, não foi suficiente para manter a gestão de Rodolfo Landim no poder. Após seis anos, o Flamengo terá uma nova diretoria: Luiz Eduardo Baptista, o Bap, foi eleito para o próximo triênio.

CAMPANHA QUASE PERFEITA NO CARIOCA

O 38º título estadual do Rubro-Negro foi conquistado com números expressivos. Com Tite, o Flamengo fez valer o equilíbrio – palavra-chave do treinador – e se negou a sofrer na competição. O clube foi campeão invicto e com a melhor defesa da história do Carioca: 11 vitórias, quatro empates e apenas um gol sofrido. O gol foi sofrido pelo time alternativo, diga-se.

IRREGULARIDADE NA LIBERTADORES

A campanha em busca da Glória Eterna foi irregular. Em nenhum momento o Flamengo encantou e acabou eliminado antes das semifinais pelo segundo ano seguido. Em um grupo com adversários mais fracos, o Flamengo de Tite oscilou muito e se classificou às oitavas somente na última rodada com uma vitória sobre o Millionarios, no Maracanã. No mata-mata, o Flamengo venceu o Bolívar por 2 a 0 como mandante e sofreu para se classificar na altitude de La Paz, na derrota por 1 a 0. Nessa altura, Tite já era alvo de críticas, mas foi mantido até as quartas de final, quando o Flamengo foi eliminado pelo Peñarol. O Rubro-Negro perdeu por um gol no Maracanã e não conseguiu reverter no Uruguai.

LESÕES ATRAPALHAM TITE – E O ANO DO FLAMENGO

A grande sequência de jogos para alguns jogadores, no entanto, cobrou um preço alto. No segundo semestre problemas clínicos começaram a assombrar. Algumas graves lesões tiraram jogadores importantes da temporada. Casos de Everton Cebolinha (ruptura do tendão de Aquiles) e Pedro (ruptura do ligamento cruzado anterior), por exemplo. Além de Viña, que rompeu o cruzado e teve uma fratura da tíbia. Mas outros atletas também marcaram presença no DM: Arrascaeta, De la Cruz e Michael com lesões musculares. Além de Luiz Araújo, com uma fratura na cartilagem, que o tirou da reta decisiva da temporada. No início do ano, Gerson foi desfalque por cerca de dois meses por um diagnóstico de uma hidronefrose com infecção renal, que fez o jogador passar por uma cirurgia no rim.

QUASE R$ 300 MILHÕES EM INVESTIMENTO

O Flamengo agitou o Natal passado com a contratação de De la Cruz como o primeiro reforço do ano. Os R$ 78,2 milhões pagos à vista foram simbólicos e uma ideia do que o Rubro-Negro poderia fazer na janela. Logo depois, Viña e Léo Ortiz chegaram para completar o elenco na primeira janela. Depois do Carioca, Carlinhos foi contratado após se destacar pelo Nova Iguaçu. A segunda janela, no meio do ano, deu o que falar. O clube precisou agir às pressas para suprir as carências do elenco devido às lesões. No apagar das luzes, o Flamengo contratou Michael, Alex Sandro, Alcaraz e Plata. Os dois primeiros vieram livres, enquanto o argentino se tornou a contratação mais cara da história do clube (R$ 110,6 milhões).

O SONHO DO ESTÁDIO

O Flamengo deu o primeiro passo para a construção de seu estádio próprio. Depois de meses em negociação com a Prefeitura do Rio e com a Caixa, o Rubro-Negro arrematou o terreno do Gasômetro em um leilão após a desapropriação ter sido anunciada pelo prefeito Eduardo Paes. No dia 31 de julho, o clube comprou o terreno por R$ 138,1 milhões que era o lance mínimo do leilão. No mês seguinte, precisou pagar mais R$ 7,8 milhões pelo terreno após perícia. O valor total foi de pouco mais de R$ 145 milhões.

CHEGADA DE FILIPE LUÍS SALVA O ANO

Na mesma nota em que anunciou a demissão de Tite, o Flamengo apresentou Filipe Luís como novo técnico. O ídolo estava no sub-20 e recebeu a sua primeira oportunidade no profissional. Quis o destino que ele assumisse na semifinal da Copa do Brasil, título que veio a conquistar pouco tempo depois. O Flamengo já havia passado por Amazonas, Palmeiras e Bahia na competição. Em sua estreia, venceu o Corinthians por 1 a 0 no Maracanã e se classificou na volta no empate sem gols e com um jogador a menos (Bruno Henrique foi expulso no primeiro tempo) na NeoQuímica. Foram apenas quatro jogos para coroar o primeiro título de Filipe Luís como treinador profissional. A final foi emblemática com uma vitória simbólica no jogo de ida por 3 a 1, e o título sendo erguido na Arena MRV após um 1 a 0, com gol de Plata. Além disso, o time voltou a jogar um bom futebol sob o comando do ex-lateral.

O (AGITADO) ADEUS DE GABIGOL

O último ano de contrato de um dos maiores ídolos da história do clube foi bastante conturbado. Gabigol começa a temporada com a denúncia da tentativa de fraude do exame antidoping, que o causou uma punição de dois anos de suspensão. O atacante, até hoje, atua sob efeito suspensivo conseguido junto ao CAS e ainda aguarda julgamento. Esta, no entanto, não foi a única polêmica. O interesse do Corinthians foi um dos destaques e ganhou ainda mais atenção após Gabigol ter tido uma foto vazada com a camisa do rival paulista quando estava em casa com seus amigos. O episódio fez o atacante ser punido com a perda da camisa 10, além de uma multa. Enquanto a negociação com o Flamengo estava parada após o clube voltar atrás nos valores acordados inicialmente, o jogador ficou livre no mercado e recebeu do Palmeiras um pré-contrato para assinar. Gabigol não assinou o documento, mesmo vivendo uma temporada como reserva e um status de preterido por Tite. Foram poucos jogos e minutos com o treinador. O cenário melhorou com a chegada de Filipe Luís, e o atacante, aos poucos, recuperou o seu espaço. Gabigol fez, inclusive, dois gols na vitória por 3 a 1 sobre o Atlético-MG, no primeiro jogo da decisão da Copa do Brasil.

NOVA GESTÃO E OS NOVOS ARES

O ano foi marcado por eleições. Foram meses de campanha dos dois principais candidatos: Rodrigo Dunshee (candidato da situação) e Luiz Eduardo Baptista (principal candidato de oposição). Bap venceu o pleito com ampla maioria: 1.731 votos contra 1.166 votos. O terceiro lugar foi de Mauricio Gomes de Mattos, com 363 votos. A vitória de Bap marca da gestão de Rodolfo Landim no clube. O atual presidente estava na campanha de Dunshee e seria o CEO do clube em caso de vitória. O mandatário eleito tomou posse na última semana e teve o seu primeiro ato: anunciou José Boto como diretor de futebol e a permanência de Filipe Luís como treinador. Bap terá a caneta a partir de 1º de janeiro, mas sua gestão já começa a fazer as mudanças e o planejamento para 2025. No elenco já houve a primeira mudança: a gestão optou pela não renovação do contrato de David Luiz.

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