No tempo frio, serpentário do Zoológico de Goiânia recebe aquecimento especial

Nos últimos dias, Goiânia registrou temperaturas abaixo dos de 13º C, tempo considerado frio para uma cidade que registra média anual de cerca de 29º C. Para minimizar os efeitos do frio no serpentário do Zoológico de Goiânia, a equipe responsável pelos répteis implantou uma série de medidas para garantir o bem-estar dos animais, como aquecimento artificial com lâmpadas incandescentes e ultravioletas e uma dieta especial.

De acordo com a médica veterinária Luana Borboleta, responsável pelo setor de répteis, o sistema de aquecimento automático funciona durante o inverno no período diurno e noturno. “Além de garantir os recintos aquecidos, o sistema com iluminação ultravioleta auxilia na síntese da vitamina D e na absorção de cálcio, contribuindo nos processos bioquímicos e para o fortalecimento e formação dos ossos desses animais”, explica a especialista.

No inverno, conforme pontua Luana Borboleta, algumas espécies de répteis passam por um processo chamado de
brumação, semelhante à condição de hibernação ― quando alguns animam reduzem significativamente o metabolismo.

Neste período, os cuidados com a alimentação das serpentes precisam ser redobrados, uma vez que todo o conjunto de processos bioquímicos ocorridos no organismo restringe-se ao mínimo. “Uma vez por mês elas se alimentam de pequenos roedores. Por questões de bem estar, a maioria das serpentes são retiradas de seus recintos e transportadas para caixas para que se alimentem. Dessa forma, mantemos os locais onde vivem limpos e higiênicos”, salienta.

No recinto das pítons, por exemplo, o Parque Zoológico garante o aquecimento com palhas. Dessa forma, a espécie também pode produzir seus próprios ninhos. “Com o auxilio das palhas, elas se mantêm sempre aquecidas no serpentário”, afirma Luana Borboleta. Atualmente, o local conta com cerca de 50 serpentes de espécies brasileiras e exóticas oriundas da Ásia e da América do Norte.

O diretor geral do Parque Zoológico, Rafael Cupertino, salienta que o local se preocupa com a excelência alimentar e qualidade de vida de todos os animais que vivem no espaço. “Realizamos constantemente readequação na alimentação dos animais, pois cada um necessita de uma composição nutricional diferenciada. Além disso, realizamos limpeza, manutenção e outros cuidados diários, garantindo conforto e segurança para os mesmos”, assegura.

O local, que funciona de terça-feira a domingo, das 8h30 às 17h, é uma opção de visitação para o mês de julho. O valor do ingresso é de R$ 5. Crianças de 4 a 12 anos e idosos com 60 anos ou mais pagam meia entrada. Pessoas com deficiência não pagam ingressos.

As informações são da Prefeitura de Goiânia

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp