Nome do senador Vanderlan aparece em esquema de R$ 3 bilhões

Vanderlan Cardoso.

No último dia (27) O Tribunal de Contas da União ( TCU) exigiu, que o Palácio do Planalto e o Ministério da Economia entreguem, num prazo “improrrogável” de cinco dias úteis, cópias dos documentos ainda ocultos do orçamento paralelo. A decisão do ministro Walton Alencar Rodrigues, relator das contas de 2020 da Presidência da República, é para averiguar o esquema montado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), no final do ano passado, para garantir sustentação na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. A internet apelidou o escândalo de ” tratoraço “, ou ” bolsolão ” o dinheiro veio parar em Goiás.

Um dos favorecidos do esquema de R$ 3 bilhões é o senador Vanderlan Cardoso (PSD), o parlamentar teria repassado à cidade mineira de Betim R$ 633,5 mil, por meio da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), mais precisamente à empresas de sobrinhos do prefeito Vittorio Medioli, também do PSD. A denuncia foi feita pela Revista Crusoé, revelando o “Bolsolão”, para compra de apoio de congressistas pelo governo Bolsonaro, conforme mostrou o Estadão.

Na imprensa o senador Vanderlan negou as denuncias da Revista Crusoé, diante de tal afirmações o Diário do Estado entrou em contato com jornalistas da revista, onde os mesmos afirmaram que o nome de Vanderlan Cardoso consta em uma planilha do Palácio do Planalto.

 

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos