Sem acordo na Alepe, Raquel nomeia Virgílio Oliveira como administrador adjunto de Fernando de Noronha. Advogado deve ocupar o cargo de forma interina até o governo resolver impasse com os deputados estaduais sobre a liberação de emendas parlamentares.
Virgílio de Oliveira foi nomeado como administrador adjunto de Fernando de Noronha em meio à quebra de braço com a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). A governadora Raquel Lyra tomou a decisão diante do impasse sobre a liberação das emendas impositivas de 2024, mecanismo do orçamento que obriga o Executivo a transferir recursos para projetos e ações apresentadas pelo Legislativo.
A nomeação de Virgílio Oliveira foi enviada à Alepe em regime de urgência, no intuito de resolver a questão de forma mais rápida. Entretanto, os parlamentares se recusaram a realizar a sabatina necessária para efetivar a nomeação, o que impactou nas atividades do Executivo, inclusive na análise de um pedido de empréstimo no valor de R$ 1,5 bilhão.
Diante da falta de entendimento e do impasse entre governo e deputados, a pauta do Legislativo estadual ficou travada, resultando na paralisação das votações na Alepe. Com a nomeação de Virgílio Oliveira, José Aglailson Queralvares Neto, que estava como interino na função de administrador adjunto, assumiu como superintendente geral da Administração de Fernando de Noronha.
A indefinição sobre o comando da ilha já se arrasta desde janeiro, com diversos episódios marcados por desentendimentos e reviravoltas. O impasse envolvendo a administração de Fernando de Noronha culminou na nomeação de Virgílio Oliveira para o cargo de administrador adjunto, sendo uma tentativa de superar os conflitos gerados pela falta de acordo entre governo e deputados.
Os desdobramentos desse impasse foram intensos, incluindo a exoneração da então administradora da ilha e diversas nomeações e desistências de indicações para o cargo. O processo se estendeu ao longo dos meses, com idas e vindas que refletiam a complexidade da situação e a dificuldade de alcançar um consenso entre as partes envolvidas. A busca por uma solução definitiva para a administração de Fernando de Noronha permanece como um desafio a ser superado.