Nomes Populares de Bebês no Distrito Federal em 2024: Helena e Ravi Lideram Tendências

Veja os nomes mais populares de bebês no Distrito Federal em 2024

De acordo com a Arpen-Brasil, os nomes preferidos são curtos e de fácil pronúncia. Além disso, nomenclaturas bíblicas, originalidade e a influência de personalidades do mundo digital também têm impacto nas escolhas dos pais.

Os nomes Helena e Ravi foram os mais escolhidos para o registro de crianças em 2024 no Distrito Federal. Os dados foram divulgados pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil) nesta sexta-feira (26).

Segundo o levantamento, 452 meninas receberam o nome Helena, que já batizou mais de 15,9 mil brasilienses ao longo da história. Em relação aos meninos, 421 deles foram registrados como Ravi. No ano anterior, em 2023, os nomes mais populares foram Helena e Miguel.

A Arpen-Brasil destaca a preferência dos brasilienses por nomes curtos e de fácil pronúncia, combinando tradição com nomenclaturas bíblicas e originalidade com influências do mundo digital.

Confira abaixo os 10 nomes mais registrados para bebês em 2024 no DF:
1. Helena: 452 registros;
2. Ravi: 421 registros;
3. Maitê: 403 registros;
4. Noah: 399 registros;
5. Miguel: 397 registros;
6. Heitor: 381 registros;
7. Cecília: 371 registros;
8. Theo: 357 registros;
9. Bernardo: 354 registros;
10. Davi: 331 registros.

Os nomes masculinos mais populares em 2024 no DF foram:
1. Ravi: 421 registros;
2. Noah: 399 registros;
3. Miguel: 397 registros;
4. Heitor: 381 registros;
5. Theo: 357 registros;
6. Bernardo: 354 registros;
7. Davi: 331 registros;
8. Gael: 324 registros;
9. Arthur: 319 registros;
10. Levi: 273 registros.

Já entre os nomes femininos mais registrados em 2024 no DF estão:
1. Helena: 452 registros;
2. Maitê: 403 registros;
3. Cecília: 371 registros;
4. Laura: 326 registros;
5. Maria Cecília: 305 registros;
6. Aurora: 291 registros;
7. Alice: 270 registros;
8. Maria Alice: 243 registros;
9. Liz: 243 registros;
10. Heloísa: 220 registros.

Aproveite para conferir mais notícias sobre a região no DE DF.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Investigador da Polícia Civil junto ao PCC: detalhes do caso e envolvidos

Junto com PCC, policial civil levou Gritzbach para tribunal do crime

Investigador Marcelo Ruggieri já foi condenado por fazer documento para chefão do PCC e investigado por falsa blitz com 2 inocentes mortos

São Paulo – O investigador da Polícia Civil de São Paulo, Marcelo Roberto Ruggieri, o Xará — um dos presos por compor uma “quadrilha” de agentes públicos ligados ao crime organizado — participou do sequestro do corretor de imóveis Vinícius Gritzbach e ajudou a conduzi-lo a um “tribunal do crime” do Primeiro Comando da Capital (PCC).

O corretor foi assassinado com 10 tiros de fuzil em 8 de novembro, dias após realizar uma delação premiada ao Ministério Público de São Paulo (MPSP). Nela, ele detalha a relação de policiais civis com a maior facção criminosa do Brasil.

No fim de 2021, Gritzbach foi levado ao “júri” do crime, também chamado de tabuleiro, por causa do assassinato de Anselmo Bechelli Santa Fausta, o Cara Preta, e do motorista do criminoso, Antônio Corona Neto, o Sem Sangue. O duplo homicídio ocorreu em 26 de dezembro daquele ano.

Cara Preta era um importante líder do PCC e mantinha negócios com Gritzbach no ramo imobiliário e também na operação de criptomoedas. Ambos romperam relações após o corretor supostamente ter sumido com um pendrive no qual havia 100 milhões de dólares de criptomoedas (o equivalente a R$ 602 milhões, na cotação atual).

Denúncia do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MPSP, obtida pelo Metrópoles, afirma que o corretor foi levado ao tribunal do crime por Xará e membros do PCC, entre eles Rafael Maeda Pires, o Japa, Danilo Lima de Oliveira, o Tripa, e Cláudio Marcos de Almeida, o Django.

Gritzbach só não foi executado naquele momento porque, segundo uma investigação do Gaeco, ele entregou um token (chave eletrônica) com R$ 27 milhões para Django, comprando com isso uma “absolvição”. Posteriormente, surgiu outra versão, a de que o PCC teria absolvido o delator, por provar que ele não tinha relação com os homicídios — usados como argumento por policiais civis para tentarem extorquir o corretor.

Parte dos criminosos que acompanharam Marcelo Ruggieri no sequestro de Gritzbach foram posteriormente assassinados — Django enforcado e Japa com um tiro na cabeça.

Levado para casa

No dia de seu sequestro, o corretor foi liberado do “tribunal” e levado para seu apartamento, em um bairro nobre da zona leste paulistana, por membros do PCC, entre eles Robinson Granger Moura, o Molly, e Japa.

Investigação da Polícia Federal (PF) afirma que Molly teria dito a Gritzbach que o sequestro “não passava de um desentendimento”. Ele acrescentou que “tudo seria esclarecido junto às demais pessoas”.

Na garagem do prédio, Japa aguardava, acompanhado por um criminoso identificado como Didi. Eles estavam no local para receber documentos e informações prometidas por Gritzbach. Foi na ocasião que o corretor teria entregado um token com os R$ 27 milhões.

Na delação de Gritzbach, Molly é apontado como uma espécie de padrinho de Cara Preta e também seria “laranja” na compra de imóveis, além de atuar no tráfico internacional de drogas.

“Servir o crime organizado”

Cara Preta também era uma importante liderança da facção. No celular dele, apreendido após o homicídio, foi constatado que ele mantinha conversas com o investigador Marcelo Ruggieri. O contato entre ambos foi viabilizado por Japa.

> “Fica claro, pois, como Marcelo [Ruggieri] vale-se sistematicamente de sua função policial para servir o crime organizado, e enriquecer ilicitamente”, diz trecho da denúncia do Gaeco.

A proximidade com Cara Preta rendeu ao investigador Marcelo Ruggieri uma condenação por viabilizar a emissão de um documento de identidade ao chefão do PCC, por valer-se de seu cargo público para atender a interesses particulares.

O investigador da Polícia Civil também é apontado pela Promotoria como o responsável por apresentar o corretor de imóveis para integrantes do PCC. Por meio da corretora de Gritzbach, os criminosos compraram imóveis para lavar dinheiro do tráfico de drogas.

Uma das aquisições foi feita por Marcelo Ruggieri, que usou o filho como “laranja”, e teve grande parte do imóvel quitado por Japa. O valor total do apartamento não é mencionado na investigação. A reportagem orçou valores de apartamentos à venda, no mesmo prédio, e os preços oscilaram entre R$ 693 mil e R$ 1,4 milhão — dependendo dos metros quadrados da unidade.

Dois inocentes mortos

O investigador também é apontado pela PF como o policial que comandou uma falsa blitz, em novembro de 2021, na qual dois inocentes foram mortos.

Investigação da Corregedoria da Polícia Civil mostra que agentes do 24º DP (Ponte Rasa) e membros de uma ONG, sob o comando de Marcelo Ruggieri, mataram o mecânico Guilherme Tinnério Lima, de 25 anos, que pretendia comprar remédios para um familiar, quando passava com seu veículo pela blitz clandestina.

Ele teria confundido os policiais com ladrões, por causa da falta de identificação dos integrantes do bloqueio ilegal, composto também por “gansos” — como são chamadas pessoas que atuam junto à polícia, mas sem ocupar nenhum cargo oficialmente. Os falsos policiais, que eram membros de uma ONG que dizia prestar apoio para vítimas de violência, teriam dado os tiros que mataram o mecânico. Um homem que coletava recicláveis na região foi atingido, por um disparo na cabeça, e também morreu.

Além do homicídio dos inocentes, uma câmera de monitoramento flagrou os integrantes da falsa blitz recolhendo as cápsulas deflagradas das armas, fraudando a cena do crime.

Presos

Como resultado da delação premiada de Vinícius Gritzbach, aliada à investigação da PF, foram presos no último dia 17, além de Marcelo Ruggieri, o investigador-chefe Eduardo Monteiro, o delegado Fábio Baena, o investigador Marcelo Marques de Souza, o advogado Ahmed Hassan Saleh, e os empresários Ademir Pereira Andrade e Robinson Granger de Moura, o Molly.

O agente de telecomunicações da Polícia Civil Rogério de Almeida Felício, o Rogerinho, também foi alvo de um dos mandados de prisão. Ele ficou foragido da Justiça por quase uma semana e se entregou na segunda-feira (23/12), após sua defesa negociar a rendição dele com a Delegacia Geral.

Além deles, foram presos em setembro os policiais civis Valdenir Paulo de Almeida, o Xixo, e Valmir Pinheiro, o Bolsonaro, ambos suspeitos de receber propina ou de subornar criminosos para interromper investigações sobre ações do PCC.

Os policiais presos vão responder pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, além de ocultação de capitais, cujas penas somadas podem alcançar 30 anos de prisão.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp