Nova CNH deve incluir tipo sanguíneo e a condição de doador de órgãos

A nova Carteira Nacional de Habilitação (CNH) deve incluir tipo sanguíneo, o fator RH e a condição de doador ou não de órgãos. O projeto de lei (PL 3.616/2019) foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado, em relatório favorável do senador Fabiano Contarato (PT-ES). No entanto, falta aprovação Câmara dos Deputados.

Ainda de acordo com o texto, o doador titular poderá optar por não colocar tal informação específica na própria carteira.

O projeto de lei determina que a CNH seja expedida em modelo único e siga as especificações do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), tenha fé pública e deve valer como documento de identidade em todo território nacional. O texto ainda prevê que medida comece a valer 90 dias após de publicada.

O senador Rodrigo Cunha (União-AL), o autor do projeto, relatou à Agência Senado que, quanto à doação de órgãos, o questionamento a ser feito na emissão da carteira abrirá uma oportunidade para que a pessoa reflita sobre o assunto.

Além disso, também será registrado formalmente a vontade específica no documento, pois, para ele, o registro ajudaria em muito a família na difícil hora de decidir a respeito da doação dos órgãos do parente falecido.

A medida poderia também aumentar o número de familiares que dizem sim à doação de órgãos, uma outra importante forma de salvar vidas.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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