Entrou em vigor nesta segunda-feira, dia 03, a resolução da ANP que estabelece padrões mínimos para a nova gasolina brasileira em três aspectos do combustível: evaporação, octanagem e densidade.
Com a medida, a gasolina produzida em refinarias do Brasil ou importada para distribuição no país passará a ser disponibilizada com maior qualidade aos clientes nos postos. O objetivo é evitar problemas mecânicos como detonação do motor, especialmente em veículos mais recentes, além de proporcionar menor consumo de combustível – ainda que isso vá resultar em maior preço por litro ao consumidor final.
As mudanças valem para a gasolina do tipo C (comum) e premium, aquela indicada pelas fabricantes de carros esportivos. A Petrobrás, responsável pela produção de cerca de 90% da gasolina vendida no Brasil, diz que já segue os novos parâmetros.
O índice de economia de combustível não é consenso entre os especialistas, e varia de 3% a 6%. O novo padrão da gasolina brasileira deixa os carros mais econômicos porque otimiza a queima do combustível. No fim das contas, apesar de o motorista pagar mais pelo combustível, o veículo rodará mais quilômetros com um litro de gasolina.
Em nota, a Petrobras disse que “o ganho de rendimento de 5%, em média, proporcionado pela nova gasolina compensará uma eventual diferença no preço da gasolina”, e que “o preço do combustível é definido pela cotação no mercado internacional e outras variáveis”.
Outro ponto positivo é que a nova gasolina é mais difícil de ser adulterada do que a que está em uso no Brasil. Além disso, a fiscalização ficará mais fácil, uma vez que, sabendo a massa específica do combustível, a ANP pode checar a densidade ainda no posto de gasolina.
O prazo final para a gasolina “velha” ser vendida nos postos é 3 de novembro. A proporção de etanol aditivado não mudou, continuando em 27%.