Nova lei obriga empresas a agendar atendimentos por hora em vez de turno em Porto Alegre, dando ao cliente o poder de escolher o horário. A medida, em vigor desde dezembro, visa acabar com a espera prolongada e a falta de precisão nos serviços prestados. A nova sistemática, proposta pelo vereador João Bosco Vaz, exige das operadoras de telefonia, internet e TV a organização e pontualidade nos atendimentos.
De acordo com a legislação, caso as empresas não cumpram com a norma, terão 30 dias para se adequar e evitar uma multa de R$ 5,5 mil. O cliente, ao realizar um agendamento, precisará indicar a faixa horária desejada para receber o atendimento, evitando assim longas esperas e imprecisões nos horários estabelecidos pelas operadoras. A lei foi bem recebida na Câmara Municipal, que a promulgou visando a melhoria do serviço ao consumidor.
Relatos de descaso por parte das operadoras motivaram a criação da lei em Porto Alegre, evidenciando a necessidade de maior comprometimento e respeito ao cliente. Situações como a vivida pela administradora Maitê Stockey, que teve que viajar 400 km para receber um serviço que não foi realizado conforme agendado, apontam a urgência na regulamentação dos agendamentos por hora. A falta de justificativas e soluções para problemas causados abala a confiança do consumidor nas empresas.
A fiscalização da nova lei demandará um melhor planejamento das empresas e pode exigir uma ampliação do número de prestadores de serviço. A entidade que representa as empresas de telecomunicações e conectividade, Conexis Brasil Digital, ainda não se posicionou sobre a medida. No entanto, a exigência de respeito ao tempo e à necessidade do consumidor é um passo importante para aprimorar a qualidade dos serviços oferecidos pelas operadoras.
A regulamentação dos agendamentos por hora em Porto Alegre pode servir de referência para outras localidades, combatendo práticas que desrespeitam a individualidade e a conveniência do cliente. A preocupação com a pontualidade e eficiência nos atendimentos é fundamental para fortalecer a relação de confiança entre empresas e consumidores. A expectativa é de que a nova lei traga benefícios significativos para os clientes e incentive um padrão mais justo e humanizado nos serviços de telefonia, internet e TV.