A venda e produção de armas de gel estão proibidas no estado do Rio de Janeiro. A nova legislação vetou a circulação das chamadas gel blasters, após diversos casos de ferimentos e simulações de confrontos em vias públicas. A fabricação, venda, comercialização, transporte e distribuição dessas armas estão proibidas em todo o estado, de acordo com a nova norma publicada em edição extra do Diário Oficial pelo governador Cláudio Castro (PL).

Essa proibição se estende às gel blasters, que são armas de plástico que disparam bolinhas de gel por meio de sistemas automáticos ou semiautomáticos. Essas armas reproduzem, total ou parcialmente, a aparência de armamentos verdadeiros. A nova legislação altera a Lei nº 2.403/95, que já vedava brinquedos e réplicas de armas de fogo que poderiam ser confundidas com modelos reais.

Todos esses episódios envolvendo ferimentos causados por disparos de armas de gel motivaram a criação dessa medida. A deputada Tia Ju, autora do projeto, citou diversos casos de pessoas feridas por essas armas, o que levou à proibição. Havia também o receio de confusões com armas reais, uma vez que muitos usuários pintavam os equipamentos para torná-los mais semelhantes às armas de verdade.

Uma tendência que vinha ganhando destaque entre os jovens era a prática de batalhas de arminhas de gel. Porém, essa prática agora está proibida devido à nova legislação estadual no Rio de Janeiro. A popularização das gel blasters aconteceu em grande parte por conta de vídeos em redes sociais, onde jovens simulavam batalhas em locais públicos, inspirados em jogos como Call of Duty e Fortnite.

A lei que proíbe a venda e produção de armas de gel contou com a coautoria de diversos deputados, como Carlos Minc (PSB), Carlinhos BNH (PP), Claudio Caiado (PSD), Dionisio Lins (PP), Elika Takimoto (PT), Marcelo Dino (União), Renato Machado (PT) e Samuel Malafaia (PL). Todos esses parlamentares se uniram para aprovar a proibição das gel blasters no estado do Rio de Janeiro, visando a segurança e o bem-estar da população.