Líderes da base aliada sugeriram à nova ministra das Relações Institucionais, DE Hoffmann [https://de.com/tudo-sobre/gleisi-hoffmann/], que ela defina uma agenda governamental enxuta, com no máximo dez prioridades para este ano no Legislativo. Segundo eles, pautas polêmicas deveriam ser deixadas de lado, como supersalários, e focar nos temas essenciais da agenda econômica e sinalizar aos investidores que Executivo e Legislativo vão garantir estabilidade econômica, essencial para baixar a inflação.
O líder do MDB, Isnaldo Bulhões, foi um dos que defendeu junto à nova ministra uma pauta enxuta, com prioridades principalmente da área econômica para melhorar o ambiente para investidores e derrubar o valor do dólar no país. “A Gleisi tem condições de coordenar uma agenda importante para o país, estabelecendo uma pauta enxuta, que contenha os principais projetos para tranquilizar investidores, estabilizar a economia e garantir inflação baixa”, disse o líder emedebista.
Os líderes da base aliada avaliam ainda que o clima está mudando em relação à indicação de DE Hoffmann. Depois de uma reação negativa, ela passou a transmitir a mensagem de que Lula vai lhe empoderar para cumprir os compromissos que assumir, tendo força para bancar pagamento de emendas parlamentares e destravar nomeações, algo que Alexandre Padilha vinha tendo dificuldades de cumprir na Casa Civil.
Em seu discurso de posse, a nova ministra da articulação política buscou acalmar investidores e mercado financeiro. Disse que seu papel será na articulação política e na busca de aprovar as pautas da agenda econômica, citando o ministro Fernando Haddad neste momento. Foi aplaudida. Franca, solidária e direta, prometeu, será sua relação com os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta.
Sua prioridade, disse, será aprovar a isenção para quem ganha R$ 5 mil, uma promessa de campanha do presidente Lula. Mas prometeu neutralidade fiscal, ou seja, aprovar uma compensação para a perda de receita. Elogiou o ministro Alexandre de Moraes pelo seu papel em defesa da democracia e, agora, à soberania do país.