Nova trilha Paineiras-Corcovado com mirante ‘Cartão Postal’ de paredes de vidro

DE ganha trilha a partir das Paineiras e mirante ‘Cartão Postal’, com
paredes de vidro

Corcovado e outras áreas do Parque Nacional da Tijuca vão passar por
revitalização, com investimentos de R$ 75 milhões.

1 de 2 Cristo Redentor e o Pão de Açúcar — Foto: Alexandre Macieira/Riotur

Cristo Redentor e o Pão de Açúcar — Foto: Alexandre Macieira/Riotur

Reconhecida mundialmente por suas belezas naturais, a cidade do Rio de Janeiro
ganhou dois novos pontos de lazer para moradores e visitantes.

A recém-inaugurada trilha “Paineiras-Corcovado” promete oferecer mais segurança
para pedestres e facilitar o acesso ao icônico Cristo Redentor, um dos
principais cartões-postais do Brasil.

A trilha fica entre o Centro de Visitantes Paineiras e o Corcovado. O acesso é
pela lateral da sede administrativa do Parque Nacional da Tijuca.

De dificuldade moderada, a trilha possui 1,15 km de extensão e, apesar de não
ser longa, é íngreme, com ganho de elevação de 260 metros. O tempo estimado de
caminhada é de 45 minutos. Ela está aberta das 8h às 18h e é gratuita.

O novo caminho integra oficialmente o percurso total de 180 km da Trilha
Transcarioca, que é a primeira trilha de longo curso nacional e que conecta
diversas unidades de conservação da cidade do Rio.

Como destaque do percurso, foi inaugurado o mirante “Cartão Postal”, uma
estrutura moderna com paredes de vidro que proporcionará uma vista panorâmica
impressionante da cidade.

Localizado a cerca de 600 metros acima do nível do mar, o mirante permite
observar a Lagoa Rodrigo de Freitas, as praias do Leblon, Zona Sul e outros
pontos turísticos do Parque, como a Pedra da Gávea.

INVESTIMENTOS DE R$ 75 MILHÕES

O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e o Instituto Chico
Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) anunciaram, nesta terça-feira
(3), R$ 75 milhões para revitalização e obras do Corcovado e demais áreas do
Parque Nacional da Tijuca.

Os recursos, que têm previsão de serem utilizados nos próximos 3 anos, serão
investidos pelas duas concessionárias que operam no Parque —Trem do Corcovado e
Paineiras-Corcovado —, conforme previsão contratual.

Estão previstas obras essenciais de infraestrutura, de acessibilidade e
melhorias com foco no Corcovado e em alguns outros setores da Unidade de
Conservação (UC).

Na região do Corcovado, por exemplo, as intervenções começaram no fim de
novembro e visam a estabilização de encostas e melhorias no sistema de drenagem
de vias, como na Estrada das Paineiras, e a manutenção de contrafortes de
sustentação do platô de visitação.

O planejamento inclui também projetos de manejo de espécies exóticas,
monitoramento dos impactos da visitação e apoio ao desenvolvimento de pesquisas,
de cursos e de publicações científicas.

2 de 2 A Estrada das Paineiras é um ponto do Rio muito utilizado por ciclistas e
corredores — Foto: Alexandre Macieira/ Riotur

A Estrada das Paineiras é um ponto do Rio muito utilizado por ciclistas e
corredores — Foto: Alexandre Macieira/ Riotur

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Mãe de Heloísa, morta em abordagem, lamenta caso de Juliana, baleada: “Mais uma e nada muda”

“Mais uma e nada muda”, diz mãe da menina Heloísa, baleada e morta há 1 ano em abordagem da PRF

Juliana Leite Rangel estava indo passar o Natal na casa de parentes em Itaipu, em Niterói, quando o veículo foi alvo de disparos em Caxias, na Baixada Fluminense.

Juliana Leite Rangel, de 26 anos, foi baleada na BR-040 — Foto: Reprodução/TV Globo

A mãe da menina Heloísa, que foi morta há 1 ano em uma ação da Polícia Rodoviária Federal no Arco Metropolitano, lamentou o caso da jovem de 26 anos que foi atingida por agentes federais na noite da véspera de Natal.

Nas redes sociais, Alana Santos questionou: “Mais uma e nada muda”. Para ela, casos assim é como reviver o próprio luto – que deixou marcas profundas na família. A criança tinha apenas três anos quando foi atingida por disparos de fuzil depois que uma equipe da PRF abriu fogo contra o carro da família do feriado da Independência.

A família recebeu uma ordem de parada de agentes rodoviários e enquanto o pai dava a seta e se dirigia para o acostamento, 3 tiros foram disparados. A menina morreu dias depois, no Hospital Adão Pereira Nunes, o mesmo em que Juliana está internada.

“Ler isso é reviver tudo que passamos. Hoje passei por lá [Arco Metropolitano] nunca me controlo, sempre me emociono muito! Que crueldade novamente!”, desabafa ela.

Os policiais que abriram fogo contra o carro da família da Juliana reconheceram em depoimento que dispararam contra o carro do pai da Juliana, informou o superintendente da PRF no Rio de Janeiro, Vitor Almada ao César Tralli.

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* ‘Queria ter ido no lugar dela’, diz mãe da menina Heloísa

A equipe era formada por dois homens e uma mulher. São policiais rodoviários federais que costumam trabalhar mais em serviço administrativo e estavam fazendo patrulhamento em escala de plantão de Natal.

Os policiais usavam dois fuzis e uma pistola automática. As armas foram apreendidas para perícia.

De acordo com Almada, os policiais alegaram que ouviram disparos quando se aproximaram do carro, deduziram que vinha dele, mas depois descobriram que tinham cometido um grave equívoco.

Leandro Almada disse que está investigando uma situação que teria ocorrido na mesma estrada alguns quilômetros antes, com outra patrulha da PRF.

Segundo os relatos que chegaram até o superintendente do Rio, uma equipe dava apoio a um carro quebrado no acostamento quando teria sido alvo de um atentado a tiros. Um carro teria passado atirando contra os policiais. Todos se jogaram no chão e ninguém se feriu.

Também segundo o que chegou ao superintendente, houve um alerta no rádio sobre este ataque. E a patrulha que estava mais à frente foi a que se envolveu neste episódio do carro da Juliana.

Tudo isso está sendo investigado internamente e também pela Polícia Federal.

Vitor Almada afirmou que “nada justifica o que aconteceu.” E que “a abordagem foi totalmente equivocada e fora dos padrões de treinamento.”

O superintendente disse que determinou uma investigação rigorosa. Afirma que – para que haja total independência – foi ele próprio quem pediu que a PF investigue o caso.

Vitor Almada lamentou profundamente o ocorrido, pediu desculpas à família da Juliana e coloca a PRF totalmente à disposição da família para o que for necessário.

‘Pensei que era bandido com o carro da polícia atirando em mim’, diz pai de jovem baleada

INDO PARA A CEIA DE NATAL

Juliana Leite Rangel estava indo com a família passar o Natal na casa de parentes em Itaipu, em Niterói, quando o veículo foi alvo de disparos em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

O pai, Alexandre Rangel, de 53 anos, que dirigia o veículo, disse que quando ouviu a sirene do carro da polícia logo ligou a seta para sinalizar que ia encostar, mas os agentes já saíram do veículo atirando.

“Falei para a minha filha: ‘Abaixa, abaixa’. Eu abaixei, meu filho deitou no fundo do carro, mas infelizmente o tiro pegou na minha filha. Eles já desceram do carro perguntando: ‘Por que você atirou no meu carro?’. Só que nem arma eu tenho, como é que eu atirei em você?”, disse Alexandre.

Juliana foi levada para o Hospital Adão Pereira Nunes e submetida a uma cirurgia. Segundo a prefeitura de Duque de Caxias, seu estado de saúde é considerado gravíssimo.

Alexandre também foi baleado na mão esquerda, mas não teve fraturas e recebeu alta na noite de terça.

NOTA DA PRF

“Na manhã desta quarta-feira (25), a Corregedoria-Geral da Polícia Rodoviária Federal, em Brasília/DF, determinou abertura de procedimento interno para apuração dos fatos relacionados à ocorrência da noite de ontem, na BR-040, em Duque de Caxias/RJ. Os agentes envolvidos foram afastados preventivamente de todas as atividades operacionais.

A PRF lamenta profundamente o episódio. Por determinação da Direção-Geral, a Coordenação-Geral de Direitos Humanos acompanha a situação e presta assistência à família da jovem Juliana.

Por fim, a PRF colabora com a Polícia Federal no fornecimento de informações que auxiliem nas investigações do caso.”

NOTA DA PF

“A Polícia Federal instaurou inquérito para apurar os fatos relacionados à ocorrência registrada na noite desta terça-feira (24/12), no Rio de Janeiro, envolvendo policiais rodoviários federais.

Após ser acionada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), uma equipe da Polícia Federal esteve no local para realizar as medidas iniciais, que incluíram a perícia do local, a coleta de depoimentos dos policiais rodoviários federais e das vítimas, além da apreensão das armas para análise pela perícia técnica criminal.

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