Novas regras exigem testes toxicológicos ‘surpresa’ para motoristas profissionais

Empresas que empregam motoristas profissionais, tanto de carga quanto de passageiros, deverão realizar exames toxicológicos “surpresa” em seus funcionários. A nova regra foi determinada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e visa aumentar a segurança no ambiente de trabalho, controlando os riscos associados ao uso de substâncias psicoativas.

 Como Vai Funcionar

Os motoristas serão testados de forma aleatória, sem aviso prévio, através de um sistema de sorteio randômico. Segundo a portaria 612/2024, publicada em abril, os exames toxicológicos devem ser realizados antes da admissão, no desligamento do funcionário e, periodicamente, a cada dois anos e seis meses. As empresas são responsáveis por custear esses exames.

A nova portaria amplia a regulamentação do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), introduzindo mudanças focadas na prevenção do uso de substâncias psicoativas. Os motoristas que não forem selecionados pelo sistema de randomização terão certificados registrados, garantindo a imparcialidade do processo.

Caso um motorista obtenha um resultado positivo no exame, a empresa deve encaminhá-lo para uma avaliação clínica obrigatória para verificar a possível dependência química. Em situações de suspeita de dependência ocupacional, a empresa deve emitir o Comunicado de Acidente do Trabalho (CAT), afastar o empregado do trabalho e encaminhá-lo à Previdência Social para avaliação de incapacidade.

 Exclusões e Transparência

A nova regra não se aplica a motoristas de aplicativos, pois esses profissionais não possuem vínculo empregatício com um empregador determinado. A inclusão de motoristas de aplicativos ainda está sendo discutida, e uma nova lei está em elaboração para abranger essa categoria.

Toda a documentação referente aos exames toxicológicos deve ser incluída no eSocial, promovendo maior transparência e facilitando a fiscalização por parte dos órgãos trabalhistas. Os laboratórios responsáveis pelos exames devem emitir relatórios detalhados dos procedimentos realizados.

 Impacto e Objetivos

Segundo Marcio Liberbaumo, toxicologista e presidente do Instituto de Tecnologias para o Trânsito Seguro (ITTS), a periodicidade dos testes contribui para uma maior assertividade no sistema e reduz custos para as empresas. O exame toxicológico pode detectar o uso de drogas até seis meses, ou em alguns casos, até oito meses antes do teste.

A implementação desta regra busca garantir um ambiente de trabalho mais seguro e responsável, reduzindo os riscos associados ao uso de substâncias psicoativas entre motoristas profissionais.

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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