Novas vítimas denunciam professor preso por perseguir e ameaçar alunas via PIX

Duas novas vítimas procuraram a delegacia de Valparaíso de Goiás para denunciar o professor suspeito de perseguir e ameaçar ex-alunas. O professor, que atuava em uma escola do município, foi preso em 26 de setembro, quando esperava uma ex-aluna na saída da escola. Polícia Civil de Goiás já identificou, até o momento, cinco vítimas.

Segundo a polícia, as novas vítimas também são de Valparaíso e denunciaram terem vivido a mesma situação que a adolescente responsável pelo início da investigação. Além delas, o professor também é investigado desde 2022 pelos mesmos crimes cometidos contra duas ex-alunas de Luziânia, no Entorno do DF.

Entenda o caso

O professor foi preso após uma série de ações que alarmaram as autoridades. Segundo a polícia, apesar de ser bloqueado em todos os canais de comunicação e redes sociais das vítimas, o suspeito criava diversos perfis para insistir em enviar mensagens ameaçadoras. Ele também transferia valores via PIX com mensagens nos extratos bancários, tentando manter contato com as vítimas. As mensagens eram frequentemente ameaçadoras, com o professor afirmando que tiraria a própria vida e mataria pessoas próximas das alunas se não conseguisse contato.

A polícia agiu rapidamente após a denúncia da adolescente de 16 anos. No dia 26 de setembro, a vítima entrou em contato com a polícia informando que o professor estava na porta da escola esperando por ela, como já havia feito outras vezes. Os policiais foram até o local e prenderam o homem em flagrante.

A Defensoria Pública de Goiás (DPE-GO) está atuando no caso para garantir que o professor tenha os direitos fundamentais à ampla defesa e ao contraditório, crucial para assegurar que o processo seja justo e respeite os direitos legais do acusado, mesmo diante das graves acusações.

A Polícia Civil de Goiás também disponibilizou um telefone para denúncias de novas vítimas, reforçando a importância de qualquer outra pessoa afetada entrar em contato para registrar a ocorrência. Para denúncias, basta ligar para (61) 3629-8246.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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