Pela terceira vez em um ano, um projeto tenta alterar o nome da Avenida Castelo Branco. A Câmara aprovou a mudança para Agrovia Iris Rezende Machado em primeira votação nesta quarta-feira, 26. Em novembro do ano passado, poucos dias após a morte da cantora Marília Mendonça, a substituição foi sugerida como uma homenagem à sertaneja. No mesmo mês, uma nova proposta foi feita para lembrar a contribuição de Iris na política goianiense.
A discussão irritou os empresários da Avenida. Eles, assim como a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), são contra a troca de nomes. A reclamação é que a alteração demanda burocracia na para requisição de novo alvará de localização e funcionamento, atualizações em diversos órgãos públicos e ainda o custo de centenas de reais em todo esse processo em pagamento de taxas.
Uma Emenda à Lei Orgânica do Município permite alteração dos nomes das vias e logradouros públicos já existentes quando se refiram às personalidades ou autoridades vinculadas ao período da Ditadura Civil e Militar Brasileira ou fizer alusão ao nazismo ou fascismo. Como Castelo Branco foi um presidente militar durante o Golpe de 1964, a Avenida que o celebra vem sendo questionada pelos vereadores.
O prefeito de Goiânia Rogério Cruz vetou a sugestão apoiado por um parecer da Procuradoria-Geral do Município, O documento justificava que a alteração de nomes de ruas e logradouros públicos só pode ser feita com a aprovação da maioria dos moradores da região, o que não havia ocorrido.
O atual projeto em tramitação é de autoria do vereador Clécio Alves (Republicanos). O texto recebeu aval da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) e recebeu emenda do presidente da Comissão, vereador Henrique Alves (MDB), garantindo prazo de cinco anos para que os comerciantes façam as modificações necessárias.