Novela da Globo irrita evangélicos com ‘pastor ostentação’ que solicita pix

Novela 'Renascer' da Globo satiriza evangélicos com 'pastor ostentação' que solicita pix

A inclusão de um pastor na nova versão da novela “Renascer”, da Rede Globo, provocou reflexões sobre a atualidade da igreja evangélica. O pastor Lívio, interpretado por Breno da Matta, não só ressalta a adaptação das práticas religiosas às tecnologias modernas, mas também aborda questões polêmicas como a teologia da prosperidade e o envolvimento político nas comunidades evangélicas.

Na trama do remake, Lívio se destaca pela afinidade com a tecnologia, contrastando com figuras tradicionais como o padre Santo, interpretado por Chico Díaz. O pastor utiliza redes sociais e plataformas digitais para se comunicar com os fiéis, refletindo a evolução do televangelismo para aproveitar as novas mídias digitais.

A novela também explora a crítica social através das interações de Lívio com outros personagens e a postura dele em relação a temas como a teologia da prosperidade, que promete recompensas materiais em troca de doações para a igreja. Diálogos na trama questionam a ética e a integridade dessa prática.

“Renascer” aborda ainda o surgimento de lideranças evangélicas progressistas, uma tendência crescente no cenário religioso e político brasileiro. Lívio representa essa nova corrente de pensamento dentro da comunidade evangélica, apoiando causas como a reforma agrária e criticando injustiças sociais.

Até mesmo o pedido de oferta via Pix é retratado na trama, refletindo aspectos da realidade da igreja brasileira.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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