Obras de um novo campus da UFC no local onde seria construído o Acquario devem iniciar em até seis meses e a previsão é de que estejam concluídas até 2027. Com um custo estimado em R$ 113,9 milhões, o novo campus ocupará o espaço onde o Acquario Oceânico do Ceará seria construído, uma obra que se arrastou por quase 10 anos, consumindo mais de R$ 112 milhões e nunca sendo finalizada.
O processo de licitação para contratar a empresa responsável pela construção do novo campus foi finalizado em 3 de fevereiro. O Consórcio Labomar 2025, liderado pela construtora Porto LTDA, será responsável por tocar a obra que visa reaproveitar o esqueleto do Acquario, doado pelo Governo do Ceará para a UFC, e construir o Instituto de Ciências do Mar (Labomar) e o Centro Tecnológico de Ciências Naturais (CTCN), formando o Campus Iracema.
A expectativa é que a nova estrutura comportará cursos de graduação e pós-graduação do Labomar, atualmente localizado na Avenida da Abolição, no bairro Meireles. Além dos cursos já existentes em Oceanografia e Ciências Ambientais, o Labomar poderá receber novas graduações como Turismo Ecológico e Meteorologia. O CTCN será um museu interativo destinado a promover exibições sobre a fauna e flora do Ceará, com anfiteatro e cinema.
Com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a construção do campus terá um prazo total de 900 dias para ser concluída, o equivalente a 2 anos e 6 meses. Os primeiros 180 dias serão dedicados à elaboração de projetos executivos, enquanto os 720 dias restantes se concentrarão na execução dos serviços no canteiro de obras. A área do campus Iracema incluirá não apenas o terreno do esqueleto do Acquario, mas também locais próximos como o antigo prédio dos Correios e o terreno do Edifício São Pedro.
O Acquario do Ceará, que tinha previsão de ser um dos maiores aquários do mundo, hoje se resume a um esqueleto de concreto à beira da praia, após anos de obras paralisadas e disputas judiciais. Com início oficial apenas em 2012, a construção foi interrompida diversas vezes até ser finalmente abandonada em 2017, tendo custado mais de R$ 112 milhões aos cofres públicos. Após tentativas de parcerias com a iniciativa privada, o governo do Ceará optou por ceder o terreno para a construção do novo campus da UFC.