Novo consignado ao setor privado: taxa de juros mais alta que convênios

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A taxa de juros do consignado ao setor privado na nova modalidade está mais alta do que nos contratos anteriores com convênios, conforme informado pelo Banco Central. Em agosto, a taxa alcançou 3,79%, superando as linhas destinadas a aposentados e servidores. Essa nova opção de crédito ao trabalhador foi disponibilizada a partir de 21 de março. O Crédito do Trabalhador é uma modalidade na qual as parcelas são descontadas diretamente da folha de pagamento.

De acordo com o Banco Central, a taxa de juros do novo consignado é mais elevada do que nos contratos antigos, nos quais as empresas necessitavam firmar convênios com as instituições financeiras. O relatório de política monetária divulgado recentemente apontou que, embora mais cara que os empréstimos por convênio, a nova modalidade é mais vantajosa que o crédito pessoal não consignado. O perfil do tomador do novo consignado geralmente caracteriza-se por empresas de menor porte, menor tempo de vínculo e renda inferior.

A taxa média do novo consignado atingiu 3,9% ao mês até o final de julho, representando cerca de 60% da taxa cobrada no crédito pessoal não consignado. O Banco Central também afirmou que as taxas foram mais altas para trabalhadores de empresas menores, decrescendo gradualmente até alcançar estabilidade em empresas de porte médio. A associação entre o porte do empregador e a taxa de juros é mais clara nas concessões do novo consignado do que nos contratos por convênio.

A taxa média de juros do crédito consignado ao setor privado em agosto foi de 3,79% ao mês, um leve aumento em relação ao mês anterior. Esse valor é o dobro das taxas para aposentados e servidores. Diversas outras linhas de crédito apresentaram taxas diferentes em agosto, como o crédito pessoal não consignado, cheque especial e cartão de crédito rotativo. O Banco Central também divulgou um ranking com taxas praticadas pelos bancos entre os dias 9 e 15 de setembro.

Até o momento, não há um limite estabelecido para os juros na nova linha de crédito do consignado ao setor privado. As taxas são determinadas pelas instituições financeiras com base no perfil de cada cliente. A criação de um teto de juros no futuro dependerá da análise do Comitê Gestor das Operações de Crédito Consignado. A nova modalidade de crédito foi lançada em março, possibilitando aos trabalhadores contratar o empréstimo de forma mais direta e simplificada, sem a necessidade de acordo entre empresas e bancos.

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