Novo Instituto de Pesquisas do HCSP ampliará atendimentos do SUS em oftalmologia e otorrinolaringologia

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O novo instituto e centro de pesquisas do Hospital das Clínicas de São Paulo têm como principal foco expandir os atendimentos oferecidos pelo SUS aos pacientes de oftalmologia, otorrinolaringologia e cirurgias faciais, cranianas e cervicais. Com um investimento de R$ 117 milhões, a nova estrutura tem previsão de entrega para 2028, e será gerenciada por uma organização social, seguindo o modelo de outras unidades do hospital, como o Instituto do Câncer e o de Perdizes. Além disso, o Centro de Pesquisas Clínicas, com um aporte financeiro de R$ 50 milhões, contará com consultórios, salas de exames, laboratórios e espaços para estudos clínicos com pacientes voluntários.

A obra do novo edifício, localizado na Avenida Rebouças com a Dr. Ovídio Pires de Campos, terá 10 andares, dois subsolos, consultórios especializados, salas de ensino e pesquisa, salas cirúrgicas, leitos de recuperação e UTI. O encaminhamento dos pacientes será realizado pelo sistema Cross, central de regulação de saúde do governo estadual. O objetivo é aumentar em 47% o número de consultas, em 75% as cirurgias de grande porte com internação e em 178% os procedimentos cirúrgicos ambulatoriais, beneficiando aqueles que aguardam por cirurgias como implante coclear, catarata e glaucoma, sem custos extras para a população.

Embora as obras já estejam dois anos atrasadas, o superintendente do Hospital das Clínicas explicou que o atraso se deve à burocracia na liberação de recursos e mudanças no projeto original. O terreno onde o novo prédio será construído abriga árvores protegidas pelo Patrimônio Ambiental do Estado, das quais 90 serão derrubadas. Apesar disso, um termo de compensação ambiental aprovado prevê o plantio de 90 mudas, sendo 35 no mesmo local, quatro na calçada e 51 dentro do complexo do HC.

A arquiteta Elisa Ramalho Rocha, especialista em regeneração urbana, criticou a compensação numérica das árvores adultas por mudas jovens, ressaltando a importância das relações ecossistêmicas reais nas cidades. Por outro lado, o superintendente defende a escolha do terreno como a melhor alternativa, preservando o “pulmão verde” do estado. Com a conclusão das obras, previstas para 2026 e 2028, respectivamente, o Hospital das Clínicas espera triplicar o número de cirurgias ambulatoriais realizadas por ano, beneficiando mais 10.000 pessoas dentro do Sistema Único de Saúde, sem custos adicionais para a população.

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