Banco Central divulga site para conferir ‘dinheiro esquecido’

Beneficiários já poderão consultar valor esquecido no novo site na próxima segunda-feira (14).

Foi anunciado pelo Banco Central (BC) um novo site para o Sistema Valores a Receber (SRV), que permitirá que cidadãos consultem valores esquecidos em contas bancárias. O anúncio foi feito na última segunda-feira (7), e o novo canal do SRV, tem o objetivo de ampliar sua capacidade de atendimento.

A funcionalidade havia sido tirado do ar no dia 25 de janeiro, um dia após seu lançamento. A grande quantidade de acessos desestabilizou o site do BC. No dia do anúncio (24 de janeiro), a quantidade de acessos ao site foi 50 vezes maior do que um dia normal.

De acordo com o Banco, o cidadão que fizer a consulta no novo site, e identificar que tem algum valor a receber será imediatamente informado sobre a data em que saberá o valor e solicitar a transferência. Os pedidos poderão ser agendados a partir de 7 de março.

Em uma primeira fase de saques, o BC estima a devolução de R$ 3,9 bilhões a 27,9 milhões de CPFs e CNPJs.  Veja a origem dos valores da primeira etapa:

  • Contas-correntes ou poupança encerradas com saldo disponível
  • Tarifas e parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente, desde que a devolução esteja prevista em termo de compromisso assinado pelo banco com o BC
  • Cotas de capital e rateio de sobras líquidas de beneficiários e participantes de cooperativas de crédito
  • Recursos não procurados relativos a grupos de consórcio encerrados

Na primeira etapa, terão direito a reaver o dinheiro esquecido, os titulares de contas-correntes ou poupança encerradas com saldo disponível. Também serão devolvidas as tarifas e parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente, desde que a devolução esteja prevista em termo de compromisso assinado pelo banco com o BC.

Além disso, cotas de capital e rateio de sobras líquidas de beneficiários e participantes de cooperativas de crédito e recursos não procurados relativos a grupos de consórcio encerrados também poderão ser reavidos.

Haverá uma segunda etapa de resgate de valores esquecidos. A data de implementação será avaliada após o início da primeira etapa.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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