A invasão da Ucrânia pela Rússia chega ao oitavo dia nesta quinta-feira (3) com ataques cada vez mais frequentes e espalhados pelo país, atingindo instalações militares, mas também área civis. Na capital Kiev, já são comuns os relatos de bombardeios e destruição, assim como aconteceu em Karkhiv, segunda maior cidade ucraniana, Kherson e, mais recentemente, Mariupol, cercada pelas tropas inimigas.
A guerra já teria dizimado perto de três mil soldados ucranianos e, pelo menos, 500 russos. Civis também foram mortos, incluído crianças, em ataques diversos. Estima-se que cerca de 1 milhão de pessoas deixaram o país e muitas outras se deslocaram internamente, ocupando cidades onde o as ofensivas militares não aconteceram. Em Kiev, na manhã desta quinta-feira (3), sirenes foram ouvidas, um indicativo de ataque e um alerta para que a população procure locais seguros para se abrigar, como a estação de metrô de Dorohozhychi, onde muitas famílias permanecem.
Imagens de satélite indicam grande atingida ao norte de Kiev, com casas em chamas, no vilarejo de da região de Chernihiv, a 80 quilômetros da capital. Um depósito de óleo diesel também foi atingido nas proximidades. Situação semelhante é observada em Sukachi, onde há mais residências e estradas destruídas.
Negociações acontecem nesta quinta-feira, 3
Enquanto os ataques prosseguem, a segunda rodada de negociações entre Rússia e Ucrânia, inicialmente marcada para a quarta-feira (2), deve acontecer nesta quinta (3). O impasse não é simples de se resolver. Putin exige o reconhecimento da Crimeia como território dela e quer a “desmilitarização do estado ucraniano”. Em contrapartida, a Ucrânia defende o imediato cessar-fogo, acompanhado da retirada das tropas inimigas do país.