Novos pedágios de Goiás devem iniciar cobrança em outubro, com preços de R$10,60 a R$13,10

Os motoristas que trafegarem pelas BR-153, BR-080 e BR-114 devem começar a pagar por pedágios a partir do dia 8 de outubro. Os trechos em Talismã, Santa Teresa de Goiás, Uruaçu, São Luiz do Norte, Jaraguá, Barro Alto e Planalmira estão sob concessão da Ecovias do Araguaia, que deve fixar as tarifas entre R$ 10,60 e R$ 13,10. A informação é da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

A reportagem questionou a autarquia sobre a previsão de início da cobrança. Por meio de nota, a assessoria esclareceu que a autorização depende do cumprimento de quatro critérios: conclusão dos trabalhos iniciais previsto até o 12º mês de concessão, implantação das praças de pedágio, entrega do programa de redução de acidentes e cadastro do passivo ambiental.

“A ANTT está em andamento com a análise e em breve divulgará sobre a aprovação ou não da cobrança de pedágio e a data exata”, anteciparam. 

O trabalho da empresa nas rodovias teve início em outubro de 2021, após vencer licitação. O Diário do Estado antecipou em junho que a largada para a cobrança em outros pontos, como Porangatu, Estrela do Norte, Campinorte, Hidrolina, Jaraguá, Santa Rita do Novo Destino e Corumbá de Goiás também seria no mês que vem. Essas praças fazem parte do “pacote” previsto em contrato firmado entre ANTT e a concessionária. 

De acordo com a licitação, o valor final do pedágio por quilômetro ficou em R$ 0,10, ou seja, serão  cerca de R$ 10 a cada cem quilômetros percorridos. O trabalho de adequações  vem sendo realizado desde então com tapa-buracos, roçadas e limpezas de drenagem, além de recuperação de sinalização e da malha viária. Segundo a Ecovias, a ideia é elevar o padrão das rodovias federais sob sua responsabilidade e trazer mais conforto e segurança aos motoristas que trafegam no norte do estado.

A duplicação das pistas em Uruaçu,  Campinorte, Rialma e Rianápolis até  2025 e a duplicação da BR-153, entre Anápolis, em Goiás, e Aliança, no Tocantins, deve ser concluída até 2046. A previsão é da própria concessionária, que assumiu o trecho por 35 anos. Devem ser investidos R$ 14 bilhões em obras e na operação, sendo R$ 7,8 bilhões e outros R$ 6,2 bilhões relativos a custos operacionais.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp