Número de acidentes aéreos em 2023 é o maior dos últimos cinco anos

O número de acidentes aéreos registrados no primeiro trimestre de 2023 é o maior dos últimos cinco anos no Brasil. Contando com a queda do avião que atingiu um sobrado nesta quarta-feira, 22, em Goiânia, foram registradas 48 ocorrências desta natureza apenas este ano. Em 2018, por exemplo, foram 55 acidentes no mesmo período, segundo o Sistema de Prevenção e Acidentes Aeronáuticos (SIPAER), da Força Aérea Brasileira (FAB).

Entre 2018 e 2023, os números se mantiveram similares: foram 46 acidentes em 2019; 40 em 2020; 46 em 2021; e 40 novamente em 2022. O ano com maior número de acidentes no primeiro trimestre do ano na última década foi 2014, com 59 registros.

Apesar do número maior de acidentes, a quantidade de mortes é menor do que a média dos últimos nove anos para um primeiro trimestre. Sem considerar o acidente desta quarta, foram 11 fatalidades em 2023, frente uma média de 22. Em 2014, foram 14 óbitos no primeiro trimestre, e 20 em 2021.

De 2012 para cá, foram registrados 1.856 acidentes aéreos no país, com 832 mortes confirmadas. Desse total, 48 acidentes aconteceram em 2023. Aeronaves de transporte particular e com finalidade agrícola foram as que mais estiveram envolvidas acidentes neste ano. Foram 16 aeronaves particulares e outras 14 agrícolas, até 18 de março.

Os demais acidentes aconteceram com outras oito aeronaves experimentais, três de instrução, duas da administração direta, duas especializadas e duas não classificadas.

Queda em Goiânia

Um avião bimotor de pequeno porte caiu sobre casas no bairro Vila Mutirão I, em Goiânia, nesta quarta-feira, deixando duas pessoas mortas e outras quatro feridas. De acordo com o Corpo de Bombeiros, todas as vítimas eram ocupantes da aeronave. Ou seja, não houve mortos e feridos de pessoas em solo.

O avião que caiu era um Embraer modelo EMB-810D prefixo PT-VQV. A aeronave tinha capacidade para seis pessoas, incluindo dois tripulantes. De acordo com o Registro Aeronáutico Brasileiro, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a aeronave acidentada pertencia à empresa Rodrigues e Rocha Holding Empreendimentos Patrimoniais Ltda e foi fabricada em 1993. 

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Piloto de F1 Yuki Tsunoda fica detido na imigração dos EUA por três horas e quase perde o GP de Las Vegas

Yuki Tsunoda, piloto da equipe RB na Fórmula 1, enfrentou um imprevisto bastante inusitado antes de participar do GP de Las Vegas neste fim de semana. O japonês foi detido na imigração dos Estados Unidos por cerca de três horas, correndo o risco de ser mandado de volta ao Japão e perder a corrida. O motivo? O agente da imigração não acreditou que ele fosse um piloto de F1, pois estava de pijama.

Tsunoda, que já havia estado nos EUA recentemente para o GP de Austin, no Texas, e para o de Miami em maio, explicou que não compreendeu o motivo da parada, já que estava com toda a documentação correta. “Estava de pijama, então talvez eu não parecesse um piloto de F1. Durante a conversa, até me perguntaram sobre o meu salário, o que foi desconfortável. Eu não conseguia dizer nada e senti muita pressão”, comentou o piloto.

O japonês revelou que, mesmo com a documentação adequada e o visto, não foi permitido que ele ligasse para sua equipe ou para a Fórmula 1 para esclarecer a situação. “Eu queria ligar para a equipe ou para a F1, mas na sala da imigração não podia fazer nada”, explicou. Felizmente, a situação foi resolvida após intensas conversas, e Tsunoda conseguiu entrar no país a tempo de disputar o GP.

Este episódio ilustra os desafios que os pilotos enfrentam com a imigração nos Estados Unidos, especialmente desde que a Fórmula 1 passou a ter mais de um evento no país a partir de 2022. Com isso, casos envolvendo contestação de vistos e documentação começaram a se tornar mais frequentes, colocando em risco a participação dos competidores em corridas como o GP de Las Vegas. Tsunoda, no entanto, destacou que a experiência ficou para trás e agora está focado na disputa da corrida.

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