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Número de endividados goianos fica ligeiramente abaixo da média nacional 

Última atualização 01/08/2022 | 16:36

Dinheiro no bolso para pagar as dívidas é um alívio que cada vez mais adultos sentem em Goiás. As novas 38 mil vagas de emprego geradas no primeiro trimestre deste ano fizeram com que o estado aparecesse na 15ª colocação de um ranking nacional de cidadãos endividados, ficando abaixo da média de 41%. Em nível nacional, os valores das contas vencidas somam pouco mais de R$ 3 mil, em média.

O levantamento recente da Serasa Experian aponta que a população do Amazonas tem o maior índice de pessoas quem não conseguem pagar as contas em dia (51,8%) e a do Piauí tem a melhor porcentagem de bons pagadores (33,6%). Os goianos com nome sujo correspondem a 40,4% do total de adultos. Os dados são repassados à empresa após comunicação dos credores.

Por se tratar de renda, a avaliação está atrelada ao emprego e ao cenário econômico. O economista Luiz Carlos Ongaratto explica que as estatísticas não surpreendem porque são reflexo da crise agravada pela pandemia e que ainda não houve uma retomada satisfatória. De acordo com ele, o cartão de crédito surge como vilão porque oferece facilidades que as pessoas não conseguem bancar por falta de renda.

“O principal motivo para a inadimplência é o desemprego. Muitas pessoas têm buscado a informalidade para driblar as contas, mas, por vezes, é insuficiente. Goiás tem um ranking mais baixo de endividados e assim deve se manter por causa da geração de emprego, ou seja, quanto mais pessoas empregadas, menos pessoas estão inadimplentes”, detalha.

Ao todo, o Brasil tem 63 milhões de adultos com nome no vermelho, número recorde nos últimos seis anos da série histórica da Serasa Experian. O levantamento de maio tem 4 milhões a mais de pessoas comparado ao mês mês do ano passado. No topo da lista de dívidas estão bancos e cartões (28,2%), água, luz e gás (22,7%) seguido de  varejo e financeiras (12,5%).

Ongaratto afirma que a média de famílias endividadas é de 50%, sendo que 10% desse total afirma não ter como pagar de nenhuma forma. Ele destaca que a situação apontada na pesquisa mudará somente quando a inflação e o desemprego caírem. A projeção para o início da queda geral nos preços de bens e serviços é apenas para 2023 devido ao aumento da taxa de juros autorizado pelo Banco Central para este ano.

A orientação da Serasa é de que as pessoas tentem se organizar financeiramente para quitar as dívidas. O primeiro passo seria a organização em listas de todas as conas em atraso, montagem de um orçamento mensal, realização de cortes e negociar com os credores.