Número de mortos nos atentados da Catalunha sobe para 14

O número de mortos nos atentados na Catalunha aumentou para 14 após o falecimento de uma mulher que estava internada em um hospital das proximidades de Cambrils, onde aconteceu um dos ataques, informou nesta sexta-feira o serviço de saúde do governo regional.

“Morte de mulher internada em estado crítico no ‘Joan XXIII’. O número de mortos nos atentados e é 14”, anunciou o serviço no Twitter.

Foragido

A polícia continua procurando um homem foragido após os dois atentados na Catalunha, que deixaram 13 mortos e mais de 100 feridos, anunciou nesta sexta-feira o presidente do governo catalão, Carles Puigdemont.

Questionado sobre a fuga de um “terrorista”, Puigdemont confirmou que estava “efetivamente solto”, indicando que a polícia não tem elementos sobre suas “capacidades de fazer dano”.

“Com este tipo de perfil, se sabe, ficou demonstrado, que tem a intenção de provocar dano”, completou o chefe do Executivo regional, antes de afirmar que “nas próximas horas teremos resultados visto o trabalho da polícia”.

A pessoa em questão poderia ser o motorista da van que atropelou dezenas de pessoas em Barcelona e que fugiu a pé. Uma testemunha o descreveu como “um homem muito jovem, na casa dos 20 anos, de rosto magro”.

O secretário regional do Interior, Joaquim Forn, declarou ao canal público da Catalunha que existe uma terceira linha de investigação, para “descobrir a identidade da pessoa que cometeu o atentado na Rambla de Barcelona e que é a pessoa que resta por identificar”.

Dois carros atropelaram várias pessoas na Catalunha com poucas horas de intervalo: 13 morreram e mais de 100 ficaram feridas em Barcelona e sete ficaram feridas na cidade costeira de Cambrils, onde a polícia matou cinco “supostos terroristas”.

“No momento nos concentramos na identificação das cinco pessoas mortas em Cambrils”, declarou Forn.

Três suspeitos foram detidos pela polícia.

Um marroquino, Driss Oukabir, foi detido na quinta-feira em Ripoll, 100 km ao norte de Barcelona, enquanto um espanhol nascido em Melilla – território espanhol no Marrocos – que não teve a identidade revelada, foi detido em Alcanar, 200 km ao sul de Barcelona, após uma explosão na madrugada de quinta-feira em uma casa na qual a polícia acreditava que os inquilinos preparavam um artefato explosivo.

Os Mossos d’Esquadra (polícia regional) anunciaram durante a noite a detenção de um terceiro homem em Ripoll.

Sobre as detenções na localidade, o secretário do Interior catalão afirmou que as autoridades investigam uma “relação entre estas pessoas (os detidos em Ripoll)” e que “outras pessoas em Ripoll poderiam ter relação com o grupo”.

Para determinar esta conexão “estamos averiguando residências”, disse Joaquim Forn.

As informações são da AFP

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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