Número de mortos por causa da explosão em Beirute sobe para 78

Sobe para 78 o número de mortes causadas por explosão na área portuária de Beirute, na capital do Líbano, segundo Ministério da Saúde do país. As autoridades contabilizam no momento cerca de quatro mil feridos.

A Embaixada do Estados Unidos da América (EUA) em Beirute alertou os moradores da capital sobre relatos de gases tóxicos liberados pela explosão, pedindo que fiquem em ambientes fechados, se puder não sair de casa e a utilização de máscaras. 

Após reunião de emergência do Conselho Supremo de Defesa, Beirute foi declarada com área de desastre. 2752 toneladas de nitrato de amônia foram mantidas num armazém por anos sem medidas de segurança, segundo o presidente do país Michel Aoun. As substâncias estavam armazenados no local onde as explosões aconteceram, no Porto de Beirute. 

Na reunião do Comitê de Alta Defesa, foi informado que uma equipe de investigação foi formada para encontrar o responsável pela explosão em cinco dias. As famílias das vítimas vão receber indenização. O tráfego de importação será feito no Porto de Trípoli, no norte libanês. 

O presidente estadunidense, Donald Trump, ofereceu assistência a população do Líbano. Apesar das autoridades libanesas não considerarem a explosão um ataque, Trump se referiu ao caso como um terrível ataque.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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