Nutricionista está sob investigação por fraudar reembolsos de planos de saúde com dados de funcionários da Light
Paula Morais, profissional que atua em Nova Iguaçu, região localizada na Baixada Fluminense, está sendo investigada sob suspeita de ter prejudicado mais de 100 pessoas. Após a fraude ser descoberta pela empresa de planos de saúde, os funcionários envolvidos foram descredenciados e posteriormente demitidos pela empresa de energia.
O Instituto de Segurança Pública (ISP) divulgou os índices de criminalidade referentes ao mês de novembro, revelando uma queda nos índices de roubos de rua e letalidade, ao mesmo tempo em que apresentou um aumento nos casos de roubo de cargas e veículos.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro está conduzindo as investigações relacionadas à nutricionista Paula Carolina Morais, suspeita de crimes como estelionato, falsificação de documentos e tráfico de drogas. Segundo as informações apuradas, ela teria utilizado dados de funcionários da Light para fraudar reembolsos de planos de saúde.
As investigações revelaram que Paula Morais abria contas bancárias em nome de pacientes, solicitava exames e medicamentos, e recebia os reembolsos dos planos de saúde de forma indevida. Após a identificação da fraude, os clientes envolvidos foram descredenciados pelo plano de saúde, resultando na demissão dos funcionários lesados pela nutricionista.
Até o momento, foram registradas 121 denúncias contra Paula Morais em diferentes delegacias, com destaque para as 32 vítimas que procuraram a delegacia de Nova Iguaçu para relatar o golpe sofrido.
O modus operandi da nutricionista era elaborado, envolvendo a promessa de tratamentos para emagrecimento e ganho de massa muscular. Os clientes eram ludibriados para fornecerem seus dados do plano de saúde, que eram utilizados para abrir contas bancárias sem o consentimento dos mesmos.
Além disso, a nutricionista e sua mãe utilizavam o reconhecimento facial dos pacientes, de forma enganosa, para a abertura de contas e solicitação de reembolsos indevidos. O delegado responsável pelo caso esclareceu que Paula Morais agia de forma ilícita, recebendo os reembolsos dos planos de saúde em contas abertas sem o conhecimento das vítimas.
Paula Morais também foi acusada de prescrever e fornecer medicamentos de uso controlado, como esteroides, o que é ilegal para a sua profissão. Os investigadores apontaram a gravidade das ações da nutricionista, que infringia normas éticas da área da saúde.
As vítimas da fraude, tanto os planos de saúde quanto os funcionários da Light, enfrentaram consequências drásticas após a descoberta do esquema fraudulento. Os trabalhadores prejudicados foram desligados da empresa de energia, mesmo após terem sido lesados.
Diante das acusações, a defesa de Paula Morais alega que a nutricionista não cometeu os crimes imputados pelos ex-funcionários e se coloca à disposição para esclarecer os fatos. O Conselho Regional de Nutrição instaurou um processo administrativo para apurar as denúncias, enquanto a Amil tomou medidas após identificar irregularidades no uso do plano de saúde relacionadas à fraude.
No entanto, a empresa Light preferiu não comentar o caso quando procurada pela reportagem do RJ2. O desfecho das investigações revela a importância da transparência e integridade no exercício da profissão, protegendo a saúde e os direitos dos pacientes.