Nutricionista suspeito de abuso é procurado pela polícia em Curitiba

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Nutricionista suspeito de abusar de paciente durante consulta em Curitiba é
procurado pela polícia

Ele é investigado por violação sexual mediante fraude. Defesa nega o crime.
Suspeito responde a outro processo por crime semelhante ao denunciado pela
vítima.

Polícia procura nutricionista suspeito de abusar de paciente
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Polícia procura nutricionista suspeito de abusar de paciente

O nutricionista Daniel Victor Lima Casagrande, de 29 anos, é procurado pela
polícia por suspeita de abusar sexualmente de uma paciente durante uma consulta
em Curitiba.

A vítima, que tem 42 anos, conta que procurou o nutricionista após a indicação
de uma amiga. Durante a consulta, no consultório de Daniel, que fica no bairro
Rebouças, ele propôs um exercício para ela executar, momento que passou a
tocá-la de maneira indevida.

“Ele apertava a boca do meu estômago e descia a mão. Ele dizia: ‘Inspira e
respira, inspira e respira”. E nisso ele foi baixando cada vez mais a mão. Eu
travei, eu travei. Eu não conseguia entender, pensei: ‘Meu Deus do céu, até que
ponto é a técnica, até que ponto é [abuso]’. Daí ele pegou nas minhas partes
íntimas, tirou minha calcinha…”, lembra a vítima.

Depois da consulta, a vítima procurou a Delegacia da Mulher e registrou um
Boletim de Ocorrência (B.O).

A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar o crime de violação sexual
mediante fraude. Em caso de condenação, a pena é de dois a seis anos de prisão.

“É um sentimento de culpa, porque a vítima sempre se culpa. Como que eu deixei?
Por que eu não cessei? Mas eu não tive forças na hora. Jamais eu imaginei que um
profissional fosse fazer um negócio desse comigo. Mas eu vou superar”, desabafa
a vítima.

Por meio de nota, a defesa de Daniel Victor Lima Casagrande afirmou que as
acusações são inverídicas, que tem gravações em vídeo feitas na clínica onde o
nutricionista atende e que as imagens serão apresentadas oportunamente no
processo.

Durante as investigações, a polícia constatou que o homem responde a outro
processo, que está em fase de julgamento, de uma situação semelhante à relatada
pela vítima.

Conforme a polícia, no caso anterior, uma segunda pessoa, que não tem relação
com a nova vítima, relatou ter passado por uma situação parecida.

Depois da repercussão do caso, uma terceira possível vítima procurou a delegacia
para relatar a mesma situação.

“Além dos dois registros formais, a polícia já recebeu informalmente informações
sobre uma terceira possível vítima. A prisão preventiva do investigado foi
decretada e as investigações continuam para identificar se há outras ocorrências
semelhantes”, afirma a delegada El Santos de Freitas.

A delegada orienta que outras pessoas que possam ter sido vítimas do
nutricionista procurem a delegacia para registrar o caso.

“A partir do momento que ela se sente invadida de alguma forma, ela já pode
registrar a ocorrência, tendo em vista que vai passar por uma apuração e, a
partir disso, a gente vai definir se de fato foram ultrapassados limites ou
não”, detalha Freitas.

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