‘O agente secreto’: Caminho para o Oscar começa a ser construído agora, diz
Wagner Moura
Ator, Kleber Mendonça Filho e parte do elenco falaram sobre filme brasileiro em
coletiva de imprensa nesta terça (28), em São Paulo.
1 de 1 Wagner Moura, Alice Carvalho, Emilie Lesclaux, Kleber Mendonça Filho,
Tânia Maria e Gabriel Leone na coletiva de imprensa do filme “O Agente Secreto”,
em São Paulo — Foto: Cesar Soto/de
Wagner Moura, Alice Carvalho, Emilie Lesclaux, Kleber Mendonça Filho, Tânia
Maria e Gabriel Leone na coletiva de imprensa do filme “O Agente Secreto”, em
São Paulo — Foto: Cesar Soto/de
Para Wagner Moura, protagonista de “O agente secreto”, o caminho para uma
possível participação do filme brasileiro no Oscar 2026 começa a aparecer agora.
Escolhida em setembro para representar o Brasil na categoria de filme
internacional da premiação de Hollywood,
a
produção recebeu indicações nesta terça-feira (28) a melhor atuação, com Moura,
e a melhor roteiro original no Gotham Awards, importante premiação do cinema
independente americano.
“O agente secreto” estreia nos cinemas brasileiros em 6 de novembro.
> “Há algumas boas semanas que se fala sobre Oscar, mas quando rolam essas
> outras indicações, como o Gotham, ou como o de críticos que o Kleber ganhou
> agora, é aí sim que eu começo a ver um caminho para o Oscar”, diz o ator em
> coletiva de imprensa realizada em São Paulo.
Esse caminho tem sido construído há um tempo, realmente. O próprio diretor e
roteirista do filme, Kleber Mendonça Filho (“Bacurau”) contou que estava fora do
Brasil há 38 dias para participar de diferentes festivais nos Estados Unidos e
na Europa.
Dá para ver um início para essa jornada ainda mais longe. Pelo menos desde que
cineasta e ator ganharam prêmios no Festival de Cannes, em maio
–
evento que tem previsto cada vez mais favoritos no Oscar.
No roteiro, escrito pelo diretor, Moura interpreta um homem que retorna a Recife
(PE) durante a ditadura militar para fugir de um passado misterioso.
Escondido e em busca de alguma esperança para conseguir voltar a viver com o
filho, ele não sabe que ainda está na mira de um antigo inimigo.
Para o ator, o filme ajuda a recuperar a memória de uma país em relação ao
período.
“Se a gente não tivesse tido a lei de anistia a gente não teria tido um
presidente como esse que agora está preso. Um país precisa de memória”, afirma
Moura.
O diretor concorda.
> “Tenho vontade que esse filme seja descoberto por pessoas muitos jovens, que
> descubram no cinema algo muito interessante sobre o Brasil. Nosso país tem
> questões com a memória”, diz Mendonça Filho.
Ele se lembra de sair de uma sessão de “Ainda estou aqui”, em 2024, e entreouvir
“duas meninas” conversarem. “Uma delas parecia não saber que a ditadura tinha
sido tão ruim no Brasil.”




