Exibida em 6 de janeiro de 1989, a cena do assassinato de Odete Roitman na versão original de Vale Tudo tornou-se uma das mais lembradas, reprisadas e comentadas da teledramaturgia brasileira. A partir de então, o Brasil iria passar os próximos dias fazendo a mesma pergunta: ‘Quem matou Odete Roitman?’. A resposta veio no dia 9 de fevereiro de 2018, quando foi ao ar o capítulo final do folhetim, revelando que Leila (Cássia Kis) era a assassina. Antes do capítulo em que a vilã é assassinada, cenas mostraram conflitos da presidente da TCA com vários personagens da trama, como Maria de Fátima (Gloria Pires), César (Carlos Alberto Riccelli) e Heleninha (Renata Sorrah). Na trama original, Leila tem uma crise de ciúmes e segue Marco Aurélio (Reginaldo Faria) até o apart hotel onde Odete se encontrava com César, imaginando que o marido tinha um caso com Fátima. Ao chegar ao local e confrontar Marco Aurélio, Leila acaba disparando contra Odete, pensando ser Fátima, mas percebe o erro logo em seguida. Autor da trama, Gilberto Braga, revelou que o assassino original não seria Leila, mas o final foi alterado após um vazamento do roteiro. Dessa forma, diferentes finais foram gravados e apenas uma pequena equipe conhecia o desfecho final. O remake de Vale Tudo trouxe novas abordagens para a morte de Odete Roitman, interpretada por Debora Bloch. Pesquisa do Datafolha revelou que apenas 4% do público prefere vê-la assassinada, enquanto a maioria opta por punições como prisão ou pobreza. O levantamento mostra que um terço dos brasileiros acompanha a novela e a aceitação do remake é alta, com 65% considerando ótimo ou bom. As mudanças na trama dividem opiniões, especialmente em relação à protagonista Raquel Acioli, interpretada por Taís Araújo. Nas redes sociais, críticas apontam racismo após sua perda de tudo. Para alguns espectadores, Vale Tudo continua refletindo questões políticas e sociais do Brasil, apesar de girar em torno da relação mãe e filha.