”O Brasil está entre mim e o ex-presidiário.” diz Bolsonaro

Ao pesquisas eleitorais apontarem a possível vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022, desacreditado, o Presidente Jair Bolsonaro afirmou que o ex-presidente não consegue comprar uma pinga sem ser vaido por brasileiros.

O presidente continua a defender a aprovação do voto impresso como forma de garantir que as eleições sejam seguras e transparentes.

“Nós estamos fazendo de tudo para evitar problemas. Olha, o Datafolha diz que o Lula tem 49% e eu tenho 25%. Depois, no segundo turno, ele ganha de 60% de mim. Agora, eu ando pelo Brasil todo, sem problema. Ele não consegue comprar uma pinga no botequim que vai ser vaiado”, disse em entrevista à rádio Itatiaia nesta terça-feira (20/7).

A pesquisa que o presidente faz referência foi divulgada no começo do mês e mostra a ampliação de votos no petista causando um aumento na vantagem sobre o atual presidente da República nas intenções de voto para a eleição presidencial em 2022.

Na disputa entre Lula e Bolsonaro em um eventual 2º turno, Lula marca 58% e Bolsonaro, 31%. Brancos e nulos somam 10% e 1% não sabe. Houve oscilação em relação à última pesquisa do instituto, de maio deste ano, quando o petista tinha 55% e o atual presidente, 32%.

O levantamento com 2.074 eleitores, de forma presencial. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Bolsonaro alegou que as pesquisas são fraudadas e disse que ele só conseguiu ser eleito em 2018 pois teve muitos votos. Naquele ano, pesquisas indicaram tendência alta nas intenções de voto em Bolsonaro.

Terceira Via

O presidente também desacredita na possibilidade do surgimento de uma terceira via nas eleições de 2022.

“Tem uma passagem bíblica que diz: seja quente ou seja frio, não seja morno. Então, terceira via? O povo não engole isso aí. O vaselina… O vaselina não vai dar certo, não vai agregar, não vai atrair a simpatia da população. Não existe terceira via, está polarizado. O Brasil hoje em dia está entre mim e o ex-presidiário, que desviou bilhões dos cofres públicos e vai disputar as eleições o ano que vem”.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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