O ex-governador Marconi Perillo participa da Comissão Especial de Inquérito em Goiânia

O ex-governador Marconi Perillo (PSDB) está participando nesta sexta-feira (20) da CEI – Comissão Especial de Inquérito, na Câmara Municipal dos Vereadores para esclarecer denúncias feitas no período da sua gestão na área da saúde do Estado. Com o apoio do secretário de saúde Leonardo Vilela, Marconi justifica com dados e planilhas os trabalhos em prol da saúde em Goiás. No debate, Marconi defende a aplicação das OS’s e diz que o problema da saúde é exclusivamente por déficits de regulação.

Ao ser questionado pelo vereador e médico Paulo Daher (DEM) sobre o baixo investimento feito pelo seu governo no período entre 2015 e 2017, Marconi Perillo passa a palavra para o Leonardo Vilela e diz que todas as dúvidas serão sanadas de forma técnica e formal. Daher apontou dez críticas em relação ao sucateamento da rede pública de saúde atual. Em resposta as questões feitas pelo vereador, Leonardo Vilela disse: “O vereador Paulo Daher está confundindo a população com dados antigos e peço inclusive para que reavalie a estrutura atual e se atualize a cerca dessas informações”.

Leonardo Vilela seguiu com o discurso e citou o histórico político da saúde no Estado de Goiás, alegando que havia apenas dez hospitais na gestão de Henrique Santilo, após a sua saída do governo todos os hospitais foram municipalizados. Com a inserção de Marconi Perillo na política em 1999 inicia-se o processo de estadualização da saúde que segundo o secretário foi uma forma de “resgatar o compromisso direto do Estado com a saúde da população de Goiás”.

Marconi foi questionado sobre o baixo investimento feito na área da saúde no seu mandato, em resposta a acusação, o ex-governador disse: “Cada um precisa fazer a sua parte, nós estamos fazendo a nossa, cabe aos que não fizeram, fazer a parte deles. Com isso, sem dúvidas, teremos uma melhoria universal e a CEI irá contribuir de forma efetiva para a melhoria do quadro da saúde no Estado de Goiás.”. Em seguida o secretário Leonardo cita a pesquisa Ferbes que aponta 90% de satisfação dos profissionais de saúde e os usuários da rede pública de saúde.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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