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A aprovação do novo empréstimo de R$ 2,2 bilhões para o prefeito Eduardo Paes investir em infraestrutura foi um tema debatido em duas sessões seguidas na Câmara de Vereadores do Rio. Com 38 votos a favor e 12 votos contra, a autorização foi concedida, permitindo que o município contraia novos financiamentos, com ou sem o aval do governo federal. Apenas as bancadas do PSOL, PL e do Novo foram contrárias à proposta.
Inicialmente, o prefeito solicitava autorização para empréstimos no valor de R$ 6 bilhões, mas após negociações com o presidente da Câmara, Carlo Caiado, esse valor foi reduzido para R$ 2,2 bilhões por meio de uma emenda. Uma alteração no texto aprovado determina que a prefeitura terá 30 dias para informar em quais projetos os recursos serão utilizados, além de prestar contas semestralmente à Câmara sobre a execução orçamentária.
Atualmente, a prefeitura do Rio já possui R$ 5 bilhões em empréstimos contratados, grande parte deles realizados durante gestões anteriores de Paes. Entre os financiamentos já realizados estão a recuperação da estrutura, a compra de ônibus articulados para corredores de BRTs e a implantação do anel viário de Campo Grande.
Paulo Messina, vereador do PL, foi um dos que votaram contra a autorização, defendendo a redução do valor do empréstimo para R$ 1,5 bilhão a ser utilizado apenas no ano vigente e com aval da União. Ele argumentou que o Rio de Janeiro é a capital com mais receitas comprometidas com dívidas em 2023.
Por se tratar de uma autorização legislativa, o projeto não precisa ser sancionado pelo prefeito. Isso significa que a prefeitura está autorizada a contrair o novo empréstimo sem a necessidade de aprovação adicional. A medida visa impulsionar investimentos em infraestrutura na cidade e promover o desenvolvimento econômico local.