“O homem está perdendo o preconceito em cuidar de si próprio”, diz Dr. Fleury Jr

“O homem está perdendo o preconceito em cuidar de si próprio”, diz Dr. Fleury Jr

No mês de prevenção contra o câncer de próstata, o médico cirurgião dermatologista, Dr. Luiz Fernando Fleury Júnior, concedeu entrevista ao Diário do Estado para falar da saúde masculina, e mais propriamente sobre a área da saúde que está ligada aos cuidados estéticos. “O que a gente enxerga é que o homem está perdendo o preconceito com cuidar de si próprio, cuidar da saúde. Daquela questão de que o homem tem que ser rústico e não preocupar com isso, que seria coisa de mulher”, destaca.

A principal procura estética dos homens, segundo o doutor, é devido à calvície. “Eu trabalho com transplante capilar. Acho que o homem me procura primeiro por isso, dá uma melhorada na autoestima e depois continua com os cuidados da estética de uma forma geral”, conta. Segundo Luiz, a estética e a saúde estão mais unidos do que se pensa. “A aparência está dentro do conceito de cuidar da saúde: uma pessoa mais saudável vai aparentar mais saudável, de fato”, observa.

Os homens, conhecidos por certo desleixo com a saúde, estão cada vez mais ligados em tratamentos estéticos. “Normalmente, o homem nunca fez nada, mas se preocupa com a calvície. Depois que ele toma coragem de fazer um implante capilar, parece que isso meio que desperta o cuidado. Aí ele começa a tratar rugas, fazer botox, preenchimento, e até acompanhar mais a saúde”. Até em cuidados básicos, como o uso de filtro solar, Fleury conta que o homem começa a prestar mais atenção. O implante capilar “funciona como uma porta de entrada para esse universo”.

Mas além da saúde, há casos em que os cuidados estéticos podem se tornar um problema para os pacientes. “Quando se trata de saúde, a segurança deve vir em primeiro lugar. Uma pessoa que tem uma fragilidade pode ser um ponto fraco para empurrarem procedimentos em excesso, ou que a pessoa não precisaria”, diz Fleury Jr, sobre médicos que se aproveitam da fragilidade dos pacientes.

Veja a entrevista completa:

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Vídeo: Circulação de fake news fez Goiás cair índice a cobertura vacinal infantil

Devido às baixas procuras por vacinas, em função da pandemia de Covid-19 e circulação de fake news, Goiás deu início nesta segunda-feira, 8, à Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e de Multivacinação para Atualização da Caderneta de Crianças e Adolescentes. O objetivo é reduzir o risco de transmissão de doenças imunopreveníveis, como a paralisia infantil, sarampo, catapora e caxumba. Este ano, a média da cobertura vacinal em Goiás está pouco acima dos 50%, ou seja, longe do ideal que 95%.

De acordo com a gerente do Plano de Nacional de Imunização (PNI) da Secretaria de Estado de Goiás, Clarice Carvalho, durante o período crítico da pandemia da Covid-1, no estado, muitos pais deixaram de levar as crianças até uma unidade de saúde para atualizar o cartão de vacinação. O medo, em parte, estava relacionado à doença, porém, a circulação de informações falsas contribuíram com o quadro.

“Muitas pessoas tinham receio de ir até uma unidade de saúde para se vacinar, mesmo estas unidades estando preparadas para acolher as pessoas. Ainda houve um receio, mas devido a circulação de fake news, informações incorretas, informações falsas, abordando a segurança da vacina”, explicou Clarice.

Para esse público, que ficou sem vacinar durante os últimos dois anos, os profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) vão elaborar um plano para que o esquema vacinal fique completo.

Além disso, de acordo com a gerente do PNI, em Goiás, diversos municípios já atuaram ativamente para buscar as crianças que precisam de algum imunizante.

“Os municípios têm trabalhado sim nesta busca ativa, indo nas casas, principalmente, para vacinar as crianças de acordo com as doses programadas para a sua idade”, explicou Clarice.

*Entrevista completa ao final do texto*

Multivacinação Infantil

A Campanha de Multivacinação está aberta em todos os 246 municípios goianos, com objetivo de sensibilizar pais e responsáveis a levarem as crianças e adolescentes aos postos de saúde para completarem o cartão vacinal.

Dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES) mostram que, nos últimos anos, as coberturas vacinais de todas as vacinas estão bem abaixo de 95%, meta preconizada pelo Ministério da Saúde (MS) para garantir a proteção coletiva de toda a população infantil. Este ano, a média da cobertura vacinal em Goiás está pouco acima dos 50%.

Risco

O Brasil já convive com a reintrodução de doenças que já haviam sido erradicadas. Dois anos depois da concessão do Certificado de País Livre do Sarampo, com a circulação do vírus dessa doença e a transmissão por mais de 12 meses consecutivos, o país perdeu essa certificação. De 2019 a 2020, foram 20 casos notificados em Goiás.

Também a difteria, que havia sido controlada, deixando de ser uma preocupação dos gestores de saúde, voltou a apresentar casos isolados. O último caso da doença havia sido notificado em 1998. Neste ano, foi registrado um caso da enfermidade, em Santa Helena de Goiás.

Com o vírus da poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, circulando em países da África e diante das baixas coberturas registradas nas crianças brasileiras, existe o risco do retorno dessa doença, prevenida com apenas duas gotinhas da vacina Sabin.

O Brasil não cumpre, desde 2015, a meta de imunizar 95% do público-alvo vacinado contra a poliomielite, patamar necessário para que a população seja considerada protegida contra a doença.

Sarampo, tétano, difteria, poliomielite, tuberculose, coqueluche, meningites e várias outras doenças são prevenidas com vacinas seguras, testadas e usadas há mais de 30 anos com sucesso no Brasil.

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