No mês de prevenção contra o câncer de próstata, o médico cirurgião dermatologista, Dr. Luiz Fernando Fleury Júnior, concedeu entrevista ao Diário do Estado para falar da saúde masculina, e mais propriamente sobre a área da saúde que está ligada aos cuidados estéticos. “O que a gente enxerga é que o homem está perdendo o preconceito com cuidar de si próprio, cuidar da saúde. Daquela questão de que o homem tem que ser rústico e não preocupar com isso, que seria coisa de mulher”, destaca.
A principal procura estética dos homens, segundo o doutor, é devido à calvície. “Eu trabalho com transplante capilar. Acho que o homem me procura primeiro por isso, dá uma melhorada na autoestima e depois continua com os cuidados da estética de uma forma geral”, conta. Segundo Luiz, a estética e a saúde estão mais unidos do que se pensa. “A aparência está dentro do conceito de cuidar da saúde: uma pessoa mais saudável vai aparentar mais saudável, de fato”, observa.
Os homens, conhecidos por certo desleixo com a saúde, estão cada vez mais ligados em tratamentos estéticos. “Normalmente, o homem nunca fez nada, mas se preocupa com a calvície. Depois que ele toma coragem de fazer um implante capilar, parece que isso meio que desperta o cuidado. Aí ele começa a tratar rugas, fazer botox, preenchimento, e até acompanhar mais a saúde”. Até em cuidados básicos, como o uso de filtro solar, Fleury conta que o homem começa a prestar mais atenção. O implante capilar “funciona como uma porta de entrada para esse universo”.
Mas além da saúde, há casos em que os cuidados estéticos podem se tornar um problema para os pacientes. “Quando se trata de saúde, a segurança deve vir em primeiro lugar. Uma pessoa que tem uma fragilidade pode ser um ponto fraco para empurrarem procedimentos em excesso, ou que a pessoa não precisaria”, diz Fleury Jr, sobre médicos que se aproveitam da fragilidade dos pacientes.
Veja a entrevista completa: