“As pessoas devem tomar especial cuidado agora com as datas comemorativas de final de ano. O ideal realmente é comprar à vista, a gente tem que sair dessa facilidade de crédito”
O levantamento feito pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revela que o número de inadimplentes que pagaram suas dívidas cresceu 4,93% no acumulado dos últimos 12 meses. O resultado registrado em agosto deste ano é o mais expressivo desde setembro de 2015, quando o índice cresceu 5,8%. Na comparação mensal entre agosto e julho, o avanço da recuperação do crédito foi de 4,2%. Em entrevista ao jornal Diário do Estado o especialista em finanças Bruno Ribeiro, fez uma analise desses dados e deu algumas dicas para quem quer deixar essa lista de inadimplentes.
Os dados que compõem o Indicador de Recuperação de Crédito indicam que o volume de quitação de dívidas foi mais expressivo na Região Centro-Oeste, com crescimento de 12,39%. Nessa perspectiva Bruno explica que Goiás está entre os estados menos inadimplentes. “Alguns fatores podem ter contribuído para isso, a redução da taxa de juros do país a Selic fez com que reduzisse as taxas de empréstimos”, afirma. ‘
De acordo com a faixa etária, a maior parte das pessoas que quitaram suas dívidas tem entre 39 e 49 anos, representando 44% do total. Depois, aparecem os consumidores que têm mais de 65 anos (13%) e os jovens entre 18 e 29 anos (12%). O especialista destaca a relação de mercado de trabalho para com esses dados. “A redução dessa taxa Selic, ela também favorece a questão da redução dívida de empresas, então as empresas passam a ter mais capacidade de contratar pessoas então é um feedback positivo”, ressalta.
Para o SPC, a inadimplência atinge a marca de 41% da população adulta do país. Para Bruno, o maior cuidado para não cair na lista dos inadimplentes está em não adquirir produtos que são muitas vezes desnecessários. “As pessoas devem tomar especial cuidado agora com as datas comemorativas de final de ano. O ideal realmente é comprar à vista, a gente tem que sair dessa facilidade de crédito”, conclui.