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“O Maguito foi um guerreiro dentro daquela UTI”, diz publicitário Márcio Lima

Última atualização 14/01/2021 | 08:55

Nesta quarta-feira, dia 13 de janeiro, o Brasil acordou com a triste notícia do falecimento de Maguito Vilela. Principalmente Goiânia, cidade pela qual Maguito acabara de ser eleito prefeito.  Para falar sobre esta personalidade marcante, o Diário do Estado conversou com Márcio Lima, que é analista político e coordenador de marketing. “É uma notícia muito triste para o Brasil. O Maguito era um político que transcendia todos os aspectos goianos, as nossas fronteiras. Foi senador, vice-presidente do Banco do Brasil… então é um homem que tinha uma visão muito ampla das possiblidades que a política pode oferecer ao povo”, reflete Márcio.

Ele também falou sobre as dificuldades da campanha, principalmente depois da ausência de Maguito para o tratamento. “A campanha fugiu de todos os aspectos do último século. Era uma disputa eleitoral dentro de uma pandemia. E tivemos mais de 13 candidaturas, só em Goiânia, das quais três se destacavam: o senador da República Vanderlan Cardoso, a delegada Adriana Accorsi, e o Maguito, que de todos era o mais experiente”, conta. “Infelizmente, mesmo sabendo dos riscos, ele não teve medo de colocar seu nome à disposição, uma vez que o Íris Rezende não foi candidato à reeleição”, reflete o marketeiro.

“O Maguito ficou oitenta dias lutando pela vida. Enquanto isso, o Daniel Vilela tocou essa campanha, junto com toda a equipe. Havia uma vontade de que essa campanha tivesse êxito e que ele viesse a assumir”, destacou o analista político. “Na ausência do candidato, eles tentaram suprir isso e sufocar a candidatura do Vanderlan Cardoso. Enquanto o concorrente estava tentando criar agenda, tinha mais de 20 equipes de frente de trabalho pela capital, pelo Maguito”, lembrou. “E além de tudo, tinha as redes sociais, onde a militância do MDB se mobilizou muito”.

O entrevistado não gostou das críticas que a campanha de Maguito recebeu ao prosseguir no pleito, mesmo com o candidato na UTI. “Enquanto existir vida, existe esperança. Vamos inverter: com qualquer outros candidatos que estivessem lutando pela vida seria assim. Só que enquanto a pessoa lutava pela vida, várias Fake News foram criadas, inclusive dizendo que ele não estava vivo”, disse Márcio, que aproveita para chamar Maguito de “guerreiro” por tudo o que passou no hospital. “Esse exemplo dele fica: o de não desistir nunca”.

E como fica Goiânia, depois de seu prefeito ter falecido e assumir um vice-prefeito desconhecido (em vista da popularidade de Maguito)? “Quando o Darcy Accorsi foi eleito, em 1992, um Gaúcho que veio pra cá de Itapuranga, as pessoas tentaram argumentar com o lugar de onde ele era… Goiânia mesma é feita de gente de várias partes do país e do mundo. As pessoas querem líderes competentes“, argumentou. “Rogério Cruz não é despreparado: foi vereador por dois mandatos, executivo da Record e implantou a Record Internacional”, elogia Márcio. “‘Ah, mas ele é pastor!’. Tá: e quantos pastores não deputados no Brasil?”, deixa a pergunta no ar.

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