O pioneirismo de Maguito reeditado por Daniel Vilela

O pioneirismo de Maguito reeditado por Daniel Vilela

Prestes a completar seis meses como vice-governador de Goiás, Daniel Vilela (MDB) tem vivido um período político-administrativo carregado de simbolismos. Pra começar: ele chegou ao segundo mais alto posto do Executivo goiano exatos 32 anos após seu pai, Maguito, ter sido eleito vice-governador para o segundo governo de Iris Rezende (1991-1994).

Já na última quinta-feira, 15/6, Daniel teve um compromisso deveras emblemático. Na China, onde chefia missão comercial, ele reuniu-se com autoridades da Província de Hebei, mesmo local onde seu pai esteve há 30 anos para formalizar os primeiros acordos entre o estado e aquele país. Daniel entregou ao governador Wang Zhegpu uma foto que retratava o encontro de três décadas atrás.

Detalhe relevante que Maguito, em 1993, foi quem liderou a primeira missão goiana à China. Daniel, por sua vez, está à frente da primeira missão organizada no governo de Ronaldo Caiado, que lhe confiou a tarefa de “preparar o terreno” para que ele próprio vá ao país asiático no segundo semestre deste ano para concretizar parcerias comerciais.

Aliás, no quesito pioneirismo, há um fato merecedor de registro e que denota bem a sinergia entre Daniel e o governador. Ao longo destes dois mandatos de Caiado, ele foi o primeiro vice a assumir o governo quando o chefe do Executivo viajou à França, no início de maio. Lincoln Tejota (UB) não teve, ao longo de quatro anos como vice-governador, a mesma chance.

O futuro, garantem os aliados de Daniel, lhe reserva a oportunidade de novamente reeditar os passos do pai, eleito governador depois de ser vice de Iris, em 1994. Mais precisamente em 2026, se ele for de fato aclamado como candidato da base aliada a Caiado e vencer as eleições estaduais.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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