Missionário José Olímpio (PL-SP), que assumirá o cargo deixado por Eduardo Bolsonaro na Câmara, apresentou um projeto de lei em 2014 visando proibir o implante de chips e dispositivos eletrônicos em humanos. Em seu texto, Olímpio faz referência à Bíblia, relacionando os microchips ao ‘sinal da besta’ e alertando sobre o ‘fim dos tempos’. Ele também argumenta que tais dispositivos poderiam ser utilizados como ‘rastreadores pessoais’, escondendo uma estratégia de monitoramento da população.
A volta de Olímpio ao Congresso ocorre após Eduardo Bolsonaro perder o mandato por faltas. Foragido nos Estados Unidos desde 2025, o deputado acumulou 63 ausências em 78 sessões, levando à conclusão da Mesa Diretora sobre a impossibilidade do exercício do mandato fora do país. José Olímpio, com 69 anos, foi deputado federal entre 2011 e 2019 e obteve a suplência em 2022 com 61.938 votos.
Além do projeto sobre chips, Olímpio já apresentou propostas polêmicas. Em 2013, sugeriu transferir temporariamente a sede do governo federal para Itu (SP). Membro da Igreja Mundial do Poder de Deus, ele integra a bancada evangélica e se posiciona como defensor dos ‘valores cristãos e familiares’. Aliado de Jair Bolsonaro, é investigado por corrupção e já ocupou cargos no Executivo paulistano.
Nascido em Itu em 1956, Olímpio é bacharel em Direito e comerciante. Antes de chegar ao Congresso, teve uma carreira no Legislativo municipal de São Paulo, sendo vereador por seis mandatos. Presidiu a Câmara Municipal e ocupou cargos no Executivo, como subprefeito de Guaianazes na gestão de Celso Pitta.




