“O que for decidido pelos produtores será licitado”, diz Caiado ao Fundeinfra

Governador Ronaldo Caiado conduz primeira reunião do Conselho Gestor do Fundeinfra

O governador Ronaldo Caiado conduziu, durante sua passagem pela Tecnoshow Comigo 2023, nesta segunda-feira, 27, em Rio Verde, a primeira reunião do Conselho Gestor do Fundo Estadual de Infraestrutura (Fundeinfra). Ele reforçou aos membros a autonomia do órgão. “Do lado do Estado não há interesse em saber se é obra A, B ou C, porque o fundo foi criado com arrecadação de vocês. A escolha dos empreendimentos não parte do governador. Ao Estado caberá ser o órgão normatizador, cumpridor das regras do Tribunal de Contas do Estado (TCE), apresentando os gastos que foram autorizados”, garantiu Caiado.

“O que for decidido pelos produtores será licitado pela Goinfra (Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes)”, afirmou o governador Ronaldo Caiado. Durante o primeiro encontro foi distribuído aos membros do Conselho um mapa com as rodovias que haviam sido priorizadas por produtores rurais, sindicatos, Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) e outras entidades. “Em abril, eles vão apresentar novas propostas ou convalidar essas para que a gente dê andamento nos projetos e que rapidamente possamos fazer a licitação” acrescentou.

Duas rodovias que podem ser beneficiadas com obras a partir de recurso do Fundeinfra, a depender da decisão do Conselho Gestor, é a pavimentação da GO-401, entre Rio Verde e Quirinópolis; e o asfaltamento da GO-174, de Aparecida de Rio Doce até o entroncamento com a BR-364.

O Fundeinfra arrecadou R$ 215 milhões em dois meses, recurso que será utilizado exclusivamente em obras de infraestrutura, como pontes e rodovias, buscando aumentar a competitividade logística do Estado. A previsão do Governo de Goiás é que este ano o fundo alcance R$ 1,1 bilhão.

Presidente do Conselho Gestor, o secretário de Infraestrutura, Pedro Sales, garantiu gestão democrática dos valores do Fundeinfra. “Todos os representantes do setor produtivo participam das discussões de forma paritária com os membros do governo”, explicou. “Estamos em uma sinergia. Vamos pontuar sempre sobre a relevância na aplicabilidade dos recursos. Contem com a Adial”, ressaltou Edwal Portilho, presidente executivo da Associação Pró-Desenvolvimento Industrial de Goiás (Adial).

Integrantes

Além do titular da Infraestrutura, integram o Conselho Gestor do Fundeinfra os secretários de Estado Adriano da Rocha Lima (Secretaria-Geral do Governo); Tiago Mendonça (Agricultura, Pecuária e Abastecimento); Joel de Sant’Anna Braga (Indústria, Comércio e Serviços); e Lucas Vissotto Júnior (Goinfra). Os representantes do setor produtivo incluem Joel Ragagni (Associação dos Produtores de Soja e Milho – Aprosoja); Luís Alberto Pereira (Organização das Cooperativas do Brasil – OCB); e Ailton José Vilela (Faeg).

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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