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O que há por trás de uma coleção? Goianos explicam motivações e paixões

Última atualização 18/06/2022 | 17:51

Quem nunca teve uma coleção na vida? Qualquer coisa pode entrar nesse índice, desde tampinhas de refrigerante até camisas de time de futebol. Como explicar essa paixão? O Diário do Estado entrou em contato com dois colecionadores de Goiânia, que se propuseram a destrinchar as suas próprias motivações.

O amor pela cultura nerd

escudo Capitão América
O escudo do Capitão América (Foto: Arquivo pessoal)

Rogério Soares, de 24 anos, começou a colecionar itens há três anos, após receber seus primeiros salários como estagiário de Design Gráfico.

“Eu sempre via e admirava, em diversas redes sociais, quartos decorados com quadros, action figures, pôsteres e vários outros itens de diversos universos e histórias que me brilham os olhos desde criança. Então, assim que pude reservar um pouco do meu dinheiro para isso, comecei a fazer minha própria coleção”, conta.

Desde então, a sua coleção começou a ganhar cada vez mais peças. Latinhas de edições limitadas, embalagens de Guaraná Jesus, qualquer embalagem que se destaque pela temática, contexto ou estética, motiva Rogério a aumentar a sua coleção.

A sua maior paixão, no entanto, está na cultura nerd. “Entre minhas favoritas, fico muito dividido entre a coleção do universo Marvel e a de The Last of Us. Mas dado o conjunto em composição, apesar de ter menos itens, pela raridade e pelo carinho com as coisas, acredito que a minha coleção principal seja a de TLOU”, declara.

Rogério ainda possui o sonho de continuar estendendo o número de artefatos. O principal objetivo é adquirir “um daqueles action figures bem caros”, como o próprio jovem descreve.

“Acho que (minha motivação) é sentir o gostinho da conquista. Conseguir comprar, trocar ou encontrar algum item com certa raridade ou valor especial, que vá compor um cenário ou ficar em algum cantinho da minha casa e me fazer sentir mais confortável, mais imerso nas histórias e universos que me cativam”, finaliza.

Coleção de filmes e séries

filmes João Batista
Uma parte da coleção de João (Foto: Arquivo pessoal)

Aos 60 anos, João Batista também não abre mão de sua coleção. Apaixonado por filmes e séries, ele começou a colecionar DVDs há pelo menos 15 anos. Antes de surgirem os serviços de streaming, João precisava recorrer à mídia física, sua principal motivação para adquirir a maior quantidade possível de títulos.

João possui aproximadamente 30 séries em sua coleção, além de dezenas de filmes. Alguns fazem parte de franquias, como “O Poderoso Chefão”, “Harry Potter” e “O Planeta dos Macacos”. No entanto, não há um sistema exato. “O critério para comprar e escolher os DVDs é absolutamente aleatório, de acordo com o meu gosto”, afirma.

Em sua lista, João inclui alguns de seus filmes favoritos, como “O Patriota” e “Os Imperdoáveis”. Outros compõem tradições familiares. “Um Herói de Brinquedo”, por exemplo, sempre ganha uma sessão com toda a família na época de Natal.

Os seus gostos são variados. “Gosto de setorizar a minha coleção por temas. Filmes de guerra, especialmente a 2ª Guerra, são de grande interesse para mim. Me impressiona a capacidade de um povo se barbarizar a tal ponto, gerando uma guerra com quase 50 milhões de mortos”, aponta.

João conta também com sessões de comédia, filmes religiosos e outros. Apesar da facilidade do streaming, ele acredita que isso não tira o brilho da mídia física, sobretudo quando um título é difícil de se encontrar digitalmente.

“Desta forma, a minha coleção é desobrigada de aquisições constantes ou caras. Sou bastante eclético no gosto. Não aceito imposições e nem regras de colecionador. Curto filmes e séries dos mais diversos temas e estilos”, conclui.