Na quinta-feira (8) o Brasil assumiu a presidência temporária do Mercosul, anteriormente a Argentina estava exercendo o cargo. O Brasil e Uruguai possuem planos para mudar regras do Mercosul, mas a Argentina não está de acordo. Essa incompatibilidade de ideias, pode levar o bloco a um retrocesso, e voltar a uma zona de livre comércio. O bloco vive incertezas, o Uruguai afirma que vai negociar acordos comerciais sozinho, sem os outros países do Mercosul (Argentina, Brasil e Paraguai).
O presidente da Argentina, Alberto Fernández, disse na terça-feira (6): “Acreditamos que o caminho é cumprir o Tratado de Assunção, negociarmos juntos com países ou blocos terceiros e respeitar a figura do consenso”. Ele ainda citou o Papa Francisco, ao dizer que “ninguém se salva sozinho”.
O Brasil quer um corte de 20% em todas as alíquotas. Isso aconteceria em duas etapas —10% imediatamente, outros 10% em alguns meses. A Argentina não quer mudar a tarifa de todos os produtos, mas de cerca de 40% deles (há mais de 10 mil classificações de itens sobre os quais há tarifa).
Além de os dois principais países do grupo, Brasil e Argentina, terem sérias discordâncias a serem resolvidas, os presidentes Jair Bolsonaro e Alberto Fernández têm uma relação afastada marcada por uma antipatia mútua.