O que se sabe sobre o ataque terrorista em Buffalo, EUA

Um jovem de 18 anos é apontado como responsável pelo ataque a um supermercado de Buffalo, nos Estados Unidos (EUA), na tarde de sábado (14). Ao todo, treze pessoas ficaram baleadas, dentre elas dez morreram. De acordo com as autoridades locais, o crime foi motivado por ódio. O suspeito foi identificado como Payton Gendron, de Conklin, Nova York. Preso ainda no local, ele se declarou inocente.

O estabelecimento fica na região central da comunidade negra de Buffalo. Onze das treze pessoas baleadas pelo suspeito eram negras, de acordo com as autoridades. Antes de abrir fogo, ele transmitiu ao vivo o ataque pelas redes sociais. Segundo testemunhas, como de costume aos sábados, a loja estava cheia.

Em um comunicado oficial emitido pela Casa Branca, o presidente Joe Biden classificou o episódio como “terrorismo doméstico”.

“Qualquer ato de terrorismo doméstico, incluindo um ato perpetrado em nome de uma repugnante ideologia nacionalista branca, é antitético a tudo o que defendemos na América”, diz o comunicado.

O Procurador-geral dos EUA, Merrick Garland, também emitiu um comunicado informando que o departamento de Justiça está investigando o tiroteio “como um crime de ódio e um ato de extremismo violento com motivação racial.”

O ataque já considerado o pior ocorrido nesta ano no país.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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