A vinda de Lula a Belém, na quarta-feira, 19, com o objetivo de ‘destravar negociações’, acabou tendo o efeito contrário do pretendido, segundo observadores e negociadores ouvidos por VEJA. ‘Foi pior que o incêndio na Blue Zone’, diz um deles. A impressão baseia-se no fato de que a chegada do presidente brasileiro mudou a dinâmica das negociações. Os trabalhos nas plenárias estavam adiantados, com uma boa interação entre os negociadores. A presença de Lula, no entanto, esvaziou a plenária – na medida em que tirou vários ministros de outras nações das mesas – e causou mal-estar, já que um chefe de Estado estava abrindo interlocução com subordinados do poder executivo de outras nações, contrariando a elementar regra do manual diplomático de manter conversas apenas com seus homólogos.




