O candidato Fábio Júnior é o entrevistado da vez no DE eleições. Além de candidato a prefeito de Goiânia pelo Unidade Popular, Fábio estuda economia e trabalha como motorista de aplicativo. Na sua área de atuação, ele já começa analisando: “O transporte coletivo de Goiânia hoje é uma máfia, porque eles não divulgam o valor que eles usam para construir a tabela de preço de passagem. Na nossa opinião eles têm uma margem de lucro altíssima e atuam com monopólio mesmo”. Com o que chama de “controle do sistema”, os valores seriam jogados “lá em cima”, não operando para os interesses da população, mas próprios. “Quanto mais pessoas eles puderem colocar num ônibus, mais eles vão fazer”, acusa.
Sobre parcerias políticas, ele lembra: “chamamos a Maria Ester para conversar, porque não concordamos com a atitude da Rede (Sustentabilidade) com relação à candidatura dela”. Maria Ester era candidata, mas o partido cancelou sua candidatura. “Sobre a reforma urbana, a gente (UP) considera que as nossas pautas e a dela são muito parecidas. Temos uma aproximação boa com o que ela vem defendendo”, comenta.
Na área da saúde, Fábio acredita que o município não lidou nada bem com a pandemia da Covid-19. “A prefeitura assumiu um papel omisso: aguardaram a briga do Caiado com o Bolsonaro para ver para que lado iam, então compreendi que houve falta de liderança da parte do Íris Rezende neste ponto”, aponta. “Houveram casos piores no Brasil, mas eu considero negativo o modo como a gestão lidou. Em muitos CAIS estavam faltando qualquer tipo de estrutura mínima que pudesse garantir segurança para a população”, afirmou.
Uma das pautas que a população mais dá valor, é, sem via de dúvidas, a segurança pública. “Acreditamos que a melhor maneira de combater a criminalidade é com prevenção. Por isso defendemos altos investimentos públicos. Isso aconteceria por exemplo, com a regularização de áreas ocupadas, onde o governo poderia angariar recursos a partir de impostos como o IPTU”, propõe Fábio. “Não acreditamos que vamos resolver o problema da segurança pública com mais armas para a Guarda Civil Metropolitana, criando mais e mais divisões entre a guarda-civil”. Na prática, ele afirmou, “a GCM serve para bater em ambulantes no centro da cidade“.
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