‘O Último Azul’: Cinema Brasileiro em Destaque no Festival de Berlim

‘Um marco histórico para o cinema brasileiro’, comemorou Gabriel Mascaro sobre a indicação de ‘O Último Azul’ ao Urso de Ouro no Festival de Berlim. O filme está programado para estrear nos cinemas do Brasil no segundo semestre de 2025, trazendo uma narrativa distópica que aborda o exílio de idosos em um Brasil fictício. A última produção nacional a conquistar esse reconhecimento foi ‘Tropa de Elite’.

Gabriel Mascaro, diretor pernambucano, está à frente de ‘O Último Azul’, filme que concorre ao prestigioso Urso de Ouro em Berlim. O longa representa a quebra de um hiato de cinco anos sem a presença do Brasil no festival. A indicação foi motivo de celebração para Mascaro, conhecido por seus trabalhos como ‘Boi Neon’ e ‘Um Lugar ao Sol’, que compartilhou detalhes da produção, que demandou aproximadamente cinco anos de trabalho árduo.

O reconhecimento no Festival de Berlim é uma conquista significativa para o cinema brasileiro, segundo o diretor. Mascaro ressaltou a importância do evento que consagrou obras como ‘Central do Brasil’, estrelado por Fernanda Montenegro. Celebrar a representatividade do Brasil nesse espaço é uma honra e uma responsabilidade, especialmente após cinco anos sem nenhum concorrente ao prêmio máximo.

A história de ‘O Último Azul’ tem como cenário a Amazônia em um Brasil quase distópico, onde idosos são transferidos para uma colônia habitacional em um exílio forçado. A protagonista, Tereza, uma mulher de 77 anos, inicia uma jornada em busca de seu último desejo, envolvendo elementos de resistência e amadurecimento nas águas amazônicas. O roteiro, fruto de anos de pesquisa e colaboração com Tibério Azul, explora o direito de sonhar, especialmente em um mundo que tende a isolar os idosos socialmente.

O elenco secundário de ‘O Último Azul’ é formado por artistas locais, enquanto a equipe de produção conta majoritariamente com profissionais das regiões Norte e Nordeste do Brasil. O filme, apesar de reunir talentos brasileiros, é uma produção multinacional envolvendo o Brasil, México, Chile e Países Baixos. A diversidade de colaboradores reflete a riqueza cultural e cinematográfica presente na obra.

Além de trazer visibilidade para o cinema brasileiro, ‘O Último Azul’ faz parte de uma seleção de 19 filmes que disputam na mostra principal do Festival de Berlim. O evento, presidido por Todd Haynes, ocorre entre os dias 13 e 23 de fevereiro. Estrelado por Denise Weinberg, Rodrigo Santoro, Miriam Socarrás e Adanilo, o filme promete envolver o público em uma reflexão sobre liberdade e resistência em um mundo em transformação.

A produção de ‘O Último Azul’ é marcada por uma colaboração internacional, com profissionais de diversos países envolvidos no processo. Desde a mixagem na Holanda até a edição no Chile, o filme representa uma união de talentos e culturas em prol da arte cinematográfica. A participação de atores e profissionais de diferentes nacionalidades enriquece a narrativa e traz uma perspectiva global ao projeto.

Em meio a um cenário de competição acirrada, ‘O Último Azul’ destaca-se como uma produção inovadora e autêntica, representando o Brasil em um dos maiores festivais de cinema do mundo. A indicação ao Urso de Ouro é um marco importante para o cinema nacional, abrindo portas para novas oportunidades e reconhecimento global. A expectativa em torno do filme cresce à medida que a data de estreia se aproxima, prometendo emocionar e inspirar o público com sua mensagem impactante e atual.

Primordialmente, ‘O Último Azul’ simboliza a resiliência e a criatividade do cinema brasileiro, revelando histórias e talentos que ecoam além das fronteiras do país. A participação no Festival de Berlim é mais do que uma competição, é uma celebração da diversidade e da originalidade que caracterizam a produção cinematográfica nacional. Gabriel Mascaro e sua equipe estão prontos para encantar o público e deixar sua marca no cenário internacional, reafirmando a importância e o potencial da arte brasileira no mundo contemporâneo.

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